O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, disse que o executivo não pode deixar de se congratular pela existência de manifestações de interesse para comprar o Novo Banco.
O ministro da Presidência congratulou-se esta quarta-feira pela existência de vários interessados na aquisição do Novo Banco, sublinhando que tal demonstra “uma boa saúde por parte do sistema financeiro”.
“É uma boa notícia, o Governo entende obviamente que é uma boa notícia, quer o processo estar a decorrer normalmente, quer ter havido manifestações de interesse várias, o que demonstra alguma competitividade e concorrência que é sempre salutar nestes processos”, afirmou o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, quando questionado sobre o processo de aquisição do Novo Banco e a existência de vários interessados.
Ressalvando que o processo de alienação do Novo Banco não tem que ver com o Governo e é tratado diretamente pelo supervisor e regulador do setor financeiro, neste caso o Banco de Portugal, Luís Marques Guedes disse que o executivo não pode deixar de se congratular pela existência de manifestações de interesse para a aquisição da instituição.
“É a demonstração de uma boa saúde por parte do sistema financeiro”, acrescentou.
O ministro disse ainda o Governo irá aguardar “serenamente”pela conclusão do processo, esperando acima de tudo que “possa defender quer os interesses sistémicos do sistema bancário, quer em particular da instituição e dos trabalhadores do antigo BES e agora do Novo Banco”.
A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros.
Na altura, foi anunciada a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco, que vai ser vendido num processo que decorrerá em várias fases e num prazo máximo de dois anos.
As entidades interessadas na aquisição têm até hoje para manifestar o seu interesse.
Até agora apenas duas, o BPI e o Santander, formalizaram o seu interesse no Novo Banco.
A comunicação social tem avançado nos últimos dias com a possibilidade de mais três entidades entrarem na “corrida’ à aquisição do Novo Banco, embora ainda nada tenha sido oficialmente confirmado: o Banco Popular, a chinesa Fosun e a norte-americana Apollo.