Depois dos ataques em Paris, os franceses saíram à rua para gritar por liberdade, avisando o mundo que não cedem ao medo. França nunca mais será a mesma, ao contrário do Charlie Hebdo, o jornal satírico alvo do ataque terrorista. Esse mantém-se fiel à sua cultura. A próxima publicação do semanário está agendada para quarta-feira e terá caricaturas de Maomé, conta a agência EFE. E não só, alertou o advogado do jornal, Richard Malka, anunciando à rádio France Info que haverá também conteúdos políticos. Afinal, “esse é o espírito do ‘Je suis Charlie'”, afirmou.

“Nunca vamos ceder, senão nada disto faria sentido”, insistiu este advogado que também colabora com o jornal. A próxima edição terá uma tiragem de um milhão de exemplares (costuma ter 60 mil) e será traduzida para 16 idiomas, revelou Patrick Pelloux, um dos desenhadores. Malka, que considera a expressão “Je suis Charlie” como um “estado de espírito”, justificou o próximo número do Charlie Hebdo como um “gesto de vida e de sobrevivência”.

O Libération deu a mão a este jornal satírico e disponibilizou espaço e meios para os jornalistas do Charlie Hebdo trabalharem em condições, embora com forte vigilância policial. A agência EFE informa ainda que o Le Monde ofereceu cinco computadores e equipamentos para a redação dar continuidade ao seu trabalho.

AS HOMENAGENS CONTINUAM…

Desta vez foram os Simpsons, que deram força ao sentimento vivido e promovido nos Globos de Ouro. Tudo aconteceu antes do último intervalo do “Bart’s Best Friend”, um episódio escrito por Judd Apatow há 24 anos, conta a Time. Maggie é a estrela da homenagem às vítimas dos ataques ao Charlie Hebdo e a um supermercado, em Paris. A filha mais nova de Homer e Marge, com um ombro descoberto, segura uma bandeira com a frase “Je Suis Charlie” inscrita, numa imagem porventura inspirada no quadro de Eugène Delacroix (“Liberty Leading the People”), que celebrou a Revolução de 1830, que destronou o rei Carlos X.

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