A 13 de janeiro de 2012, o cruzeiro Costa Concordia, que navegava ao largo da ilha de Giglio, em Itália, desviou-se da rota e embateu contra uns rochedos. O acidente foi apenas comunicado uma hora depois pelo capitão, Francesco Schettino, que garantiu à guarda-costeira que o navio ainda flutuava. Schettino apressou-se a abandonar o navio, enquanto o mais de três mil passageiros e mil tripulantes se encontravam ainda no seu interior. Apesar das autoridades portuárias terem ordenado ao capitão que regressasse ao navio e que ajudasse a organizar a evacuação, este recusou-se a voltar.
A demora na comunicação do embate às autoridades fez com que a evacuação do navio levasse muito mais tempo do que era esperado. De acordo com a lei internacional, depois de dada a ordem de evacuação, todos os passageiros devem abandonar o navio no espaço de 30 minutos. Apesar disso, a evacuação do Costa Concordia demorou mais de seis horas e nem todos os passageiros conseguiram abandonar o navio que foi, a pouco e pouco, afundando. Dos 3.229 passageiros e 1.023 tripulantes, 32 morreram. As buscas pelos corpos das vítimas arrastaram-se durante anos. O corpo do último tripulante, o empregado de mesa Russel Rebello, foi apenas encontrado em novembro de 2014.
Francesco Schettino está atualmente a ser julgado sozinho pelo naufrágio do Concordia. Se for considerado culpado, pode apanhar até 20 anos de prisão. Em julho de 2014, o Concordia fez a sua última viagem — foi transportado até ao porto de Génova, em Itália, onde foi desmantelado.