O ministro das Finanças da Grécia, Vanis Varoufakis, disse esta quarta-feira ao Channel 4, que espera um entendimento com as instituições da União Europeia “dentro de hora ou de dias”, para estabilizar a situação dos mercados, sobretudo da banca grega, que tem perdido muitos milhões em depósitos desde que foram convocadas eleições na Grécia.
“A única coisa é que temos de fazer é acalmar os nervos de todos, fixando um compromisso junto para criarmos as circunstâncias para estabilizar a zona euro. Não tenho dúvida alguma de que, como verão nas próximas horas /dias, a UE vai juntar-se e fazer o seu trabalho”.
Greece's finance minister tells me he expects a deal with Eurozone "within hours or days": http://t.co/NI66R4UAJZ – 5 minute video
— Paul Mason (@paulmasonnews) February 2, 2015
Sobre o acordo, o ministro das Finanças grego disse que este ocorrerá “num curto espaço de tempo” e que fará com que fique “perfeitamente claro para toda a gente que a Grécia pode jogar dentro das regras [europeias] e de uma forma que afaste a crise grega de uma vez por todas”.
Vanis Varoufakis afirmou que a reunião com os líderes foi “extremamente construtiva” e “uma lufada de ar fresco”, apesar das diferenças que caracterizam as relações entre o novo governo grego e a União Europeia. “Temo-nos esforçado para encontrar uma base comum e acho que a encontrámos”, disse.
O ministro das Finanças grego voltou a referir que está empenhado em encontrar um acordo com a União Europeia que “minimize os custos desta crise” e que os mercados têm estado a refletir o período de transição entre “um projeto que falhou” e outro “que vai resultar”. Para Vanis Varoufakis, cabe à Europa dar a “estabilidade” necessária para evitar fuga de depósitos da banca grega.
“A minha mensagem para os amigos alemães e para todos os europeus é a de que ‘no hand will be overplayed’ [não forçaremos a mão] porque não estamos a entrar nisto de uma forma que vise o confronto”, disse.
Sobre a urgência de um eventual acordo entre a Grécia e a União Europeia, Vanis Varoufakis reconheceu que, provavelmente, era o Governo que tinha menos tempo para o fazer – desde o final da segunda guerra mundial – mas que todos precisavam de “acalmar os nervos”. “A urgência é a essência do momento”, disse.