O governo grego está “disponível para ouvir alternativas” ao seu plano de reabilitação da economia grega e alívio do peso da dívida, “desde que estas sejam orientadas para o crescimento económico“. Esta é a garantia deixada por Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego, após um encontro em Roma com o seu homólogo italiano, Matteo Renzi. Uma reunião que, segundo Alexis Tsipras, foi marcada por uma “troca de ideias num clima positivo”.

No final da reunião com Matteo Renzi, Alexis Tsipras voltou a dar sinais de uma suavização do discurso que esta terça-feira levou a bolsa de Atenas a subir quase 12,5% e os juros da dívida a descerem para menos de 10%. Citado pelas agências internacionais, o primeiro-ministro grego deixou claro que está “disponível para ouvir alternativas” ao seu plano político, “desde que estas sejam orientadas para o crescimento”.

Tsipras garante que o seu governo está “à procura de soluções para os problemas do país”. Soluções que sejam “aceitáveis por todos os parceiros europeus“. E, em jeito de resposta às declarações feitas esta terça-feira por Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo, Alexis Tsipras garantiu que “a Grécia vai trabalhar para fomentar a confiança na Europa”. A Europa precisa de confiança mas, também, de “cooperação e solidariedade” e, para isso, Tsipras prometeu que o seu governo irá “contribuir para que sejam promovidas as reformas necessárias”. Entre elas, “colocar o crescimento novamente na agenda europeia“.

A Europa está numa encruzilhada da maior importância“, afirmou Alexis Tsipras, garantindo que não quer contribuir para que se criem “divisões entre Norte e Sul da Europa“.

Sobre a Grécia, Tsipras pediu tempo para que o seu governo termine a elaboração das propostas concretas que irão orientar a sua política. Mas deixou, já, bem claro que as prioridades são “combater a crise humanitária” e “lutar contra o Estado clientelista” que existe na Grécia. “A evasão fiscal e a corrupção são comuns entre os mais ricos” na Grécia, acusou. Tsipras deixou, ainda, a garantia: “não serão gerados novos défices”.

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