Vladimir Putin deve aproveitar a Cimeira que esta quarta-feira irá reunir o presidente russo com os líderes políticos da Alemanha, França e Ucrânia, para prometer que cessará o apoio militar aos separatistas pró-russos. Este é o conselho de Barack Obama, o presidente norte-americano, que em telefonema com Putin garantiu que “se a Rússia prosseguir com a sua atuação agressiva, os custos para o país irão subir“.

“Se a Rússia continuar com a atuação agressiva na Ucrânia, incluindo com o envio de tropas, armas e financiamento para apoiar os separatistas, os custos irão subir”, adianta comunicado da Casa Branca divulgado na noite de terça-feira.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse na terça-feira que esta Cimeira de Minsk será “uma das últimas hipóteses” para conseguir um cessar-fogo duradouro.

Vladimir Putin continua a negar qualquer envolvimento no conflito que se arrasta há cerca de 10 meses e que se estima já ter causado mais de cinco mil mortos. E, esta semana, um responsável do Kremlin pela segurança interna, Nikolai Patrushev, acusou os EUA de “estarem a tentar envolver a Federação Russa num conflito militar internacional, para tentar mudar o regime [russo] através dos acontecimentos na Ucrânia e, no final, desmembrar o nosso país”.

Enquanto se trocavam estas declarações e se preparava a reunião de hoje em Minsk, capital da Bielorrússia, pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas quando um projétil caiu numa estação de autocarros em Donetsk. No dia anterior, quatro soldados e pelo menos oito civis foram, segundo as agências internacionais, mortos durante um ataque por mísseis contra uma base militar em Kramatorsk, que fica perto de uma área residencial. O governo acusou os rebeldes separatistas de terem disparado os mísseis.

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