Há uma conta de Instagram que está a mudar perspetivas da vida na Somália e no continente africano. Ugaaso Abukar Boocow de 27 anos nasceu na capital da Somália, Mogadíscio, mas cresceu em Toronto, para fugir de uma guerra civil. Viveu na Colômbia dois anos e voltou à sua terra natal há um ano, convencida que já existiam condições de segurança. Ao retornar ao país de origem, Boocow encontrou uma realidade bastante diferente à que nós estamos habituados.
A Somália significa para muita gente fome e conflito devido à guerra civil que decorre desde o início dos anos 90. Mas a conta de Instagram da jovem somaliense, que já tem mais de 70 mil seguidores, mostra um outro lado do país.
“Queria manter o contacto com os meus amigos no Canadá e na Colômbia.” garante Ugaaso Boocow ao El País.
“As pessoas têm uma visão preconceituosa e condescendente de África e, portanto, este discurso é eurocêntrico. Em África, existem judeus, muçulmanos, cristãos, hindus… e os media não representam bem esta realidade. A imagem de África está associada à doença e à fome, escondendo qualquer diversidade e prosperidade “, acrescentou a jovem instagrammer, que prontamente se apercebeu como uma ação nas redes sociais consegue romper estereótipos.
Boocow quer ser uma instagrammer normal e partilhar uma visão de pequenos momentos da sua vida. “Eu também tenho o meu próprio mundo e acredito que vale a pena documentá-lo. E o meu mundo não é de guerra, fome e doença”, disse, assegurando que faz o que “toda a gente faz”.
A jovem somaliense descreve o seu mundo: “O meu mundo inclui uma praia impressionante. A Somália tem a maior costa de África, bebidas com frutas frescas, o sereno adhan [a chamada para oração muçulmana numa mesquita local] ou a excelente arquitetura em edifícios em ruínas. A Somália é um local arquitetónico que podia comparar-se às ruínas maias, gregas ou com o Coliseu. Quero desenterrar essa história antiga e redescobrir a sua beleza.”
Para além das fotografias, Boocow tem o hábito de partilhar pequenas histórias tradicionais, com humor ou uma ironia jovial. A jovem chamou a atenção da imprensa internacional como o The Guardian ou o Le Monde, mas Abukar Boocow confessa que não esperava ter tantos seguidores. “O mundo está interessado em ver o continente africano pela perspetiva de um africano”, concluiu.
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