Os consumidores apresentaram no Livro de Reclamações mais 12,6% de queixas em 2014 face a 2013, num total de 250.356 queixas, a maioria endereçadas à ASAE e à ANACOM, anunciou hoje o Secretário de Estado da Economia.

“Os consumidores estão mais conscientes dos seus direitos e mais exigentes na procura de melhores preços e qualidade”, afirmou o secretário de Estado, Leonardo Mathias, explicando assim o motivo do aumento de reclamações.

Em 2014, o líder do Livro de Reclamações era a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), com 128 mil reclamações, seguida pela autoridade reguladora das comunicações postais e das comunicações eletrónicas (ANACOM) com 65 mil queixas.

Os reguladores da saúde (ERS), com 10 mil reclamações, e da energia (ERSE), com quase nove mil, ocuparam os terceiro e quarto lugares no ranking das entidades mais reclamadas, seguidos pelo Banco de Portugal (BdP) que recebeu pouco mais de 8.400 queixas.

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“As cinco entidades com maior número de reclamações recebidas representaram 89% do total de reclamações”, explicou o governante, referindo-se às queixas à ASAE, ANACOM, ERS, ERSE e BdP.

Na ASAE, os motivos mais invocados pelos consumidores queixosos foram os contratos com cumprimento defeituoso ou mesmo em incumprimento e o atendimento deficiente, enquanto nas telecomunicações e serviços postais (ANACOM) os maiores motivos estavam relacionados com problemas nos contratos e nos equipamentos e ainda o cancelamento dos serviços e faturação.

Leonardo Mathias falou ainda sobre a rede de Apoio ao Consumidor Endividado, criada em abril de 2013 para apoiar os sobreendividados, e que recebeu até final do ano passado 9.305 pedidos de informação e processos de acompanhamento.

Na conferência de imprensa do ministério da Economia, de apresentação das estatísticas, foi destacado o aumento de 300% dos processos tratados por aquela rede, mas — alegando falta de relevância — não foram discriminados o número dos processos de acompanhamento do número de pedidos de informação.

VP // VC

Lusa/fim