“Se calhar, ainda podemos ganhar as eleições”, disse Passos Coelho esta sexta-feira, durante um jantar comemorativo dos 40 anos do PSD, em Torres Vedras, a propósito dos resultados da Eurosondagem SIC/Expresso, que davam conta de que o PSD tinha subido 1,5 pontos percentuais e que o PS caído seis décimas face ao mês passado.

“Se por essas bandas (PS) começa a aparecer essa dúvida, percebe-se um bocadinho melhor que do nosso lado se respire de outra maneira, olhando para o futuro com confiança”, afirmou o primeiro-ministro, referindo que o PS está mais preocupado em ver “se consegue segurar o seu resultado, que acha que é antecipadamente vitorioso, do que propriamente em alargá-lo”.

Por fim, Passos Coelhos avançou que acha preferível criar condições para gerar riqueza e emprego do que devolver às pessoas os seus direitos. “De que nos interessa dar hoje às pessoas todos os seus direitos para os suspender daqui a dois anos, quando chegarmos à conclusão de que não fizemos o que devíamos para criar as condições de geração de emprego e riqueza?”, concluiu.

E as pensões, pergunta Passos a Costa?

Este sábado à tarde, o presidente do PSD voltou a falar diretamente para António Costa, ao desafiar o secretário-geral do PS a dizer que planos tem para a sustentabilidade do sistema de pensões e prometeu para a próxima legislatura um ciclo de prosperidade como não via “há muitos anos”.

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“Esperava que o PS tivesse, antes das eleições fechado connosco um acordo que reformasse a segurança social e garantisse que, nos próximos 10/15 anos, todos pensionistas receberiam as suas pensões sem risco. Como não se quer comprometer, o PS diz que, até as eleições não acorda nada. Não diz que depois das eleições não fará qualquer coisa… Mas era útil que [o secretário geral socialista, António Costa] dissesse se acha ou não acha que há um problema de sustentabilidade das pensões que tem de ser resolvido”, afirmou Pedro Passos Coelho, na Maia, na sessão de encerramento do Fórum Distrital de Autarcas.

Sustentando que “o sistema político deve salvaguardar o país do que já passou”, o líder social-democrata defendeu a “confluência das forças políticas de maior dimensão para evitar erros do passado”, mas prometeu que, com o PSD novamente no poder, “Portugal conhecerá um crescimento e desenvolvimento como não teve em muitos anos”.

A intenção, explicou, é “dar aos portugueses a prosperidade a que têm direito” sem riscos de a voltar a por em causa.

“Estivemos ao serviço dos portugueses para os retirar da crise em que os colocaram. Podemos estar agora ligados a um ciclo de crescimento e progresso, de retoma económica e desenvolvimento”, defendeu Passos Coelho.

Para o presidente do PSD, o país tem “muitas oportunidades” que precisa de aproveitar porque “não vão durar para sempre” e, simultaneamente, deve “preparar-se estruturalmente para viver sem elas”.

“Não podemos fazer experiências de regresso ao passado. É porque não sabemos o que o futuro nos traz que temos de ser prudentes e prepararmo-nos para qualquer eventualidade”, alertou.

“É muito importante que os próximos quatro anos sejam de equilíbrio e realismo”, frisou.