Há 29 anos, uma explosão no quarto reator da Central Nuclear de Chernobil, na Ucrânia, libertou uma grande quantidade de partículas radioativas na atmosfera. Este domingo, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, liderou a homenagem às vítimas do acidente.

A explosão durante a madrugada de 26 de abril de 1986 matou cerca de 50 pessoas, mas libertou para a atmosfera 200 toneladas de material radiativo equivalente a entre 100 e 500 bombas atómicas como as de Hiroshima. As partículas contaminaram um território de cerca de 200 mil quilómetros quadrados e afetaram mais de 5 milhões de pessoas, principalmente na Rússia, Ucrânia e Bielorússia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Todos os anos, várias pessoas regressam aos arredores da cidade para lembrar quem já partiu. Mas a zona de exclusão – definida na altura pela União Soviética – é uma referência turística. Embora as autorizações para entrar na cidade de Pripiat, junto à central, sejam limitadas, muitos se aproveitam para saquear e vender os pertences deixados para trás quando se ordenou a evacuação da área – cerca de 2600 quilómetros quadrados.

A cidade de Pripiat, fundada a 4 de fevereiro de 1970 para acolher a central nuclear e os cerca de 50 mil trabalhadores, está desabitada desde então. No ano passado, o fotógrafo Darmon Richter passeou durante 32 horas entre o que resta da cidade e registou na película as observações. Mais tarde era divulgado um vídeo de Danny Cooke que também mostra a cidade fantasma.

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