A organização Human Rights Watch (HRW) criticou hoje o aumento da repressão, detenções arbitrárias e a falta de liberdade na Tailândia, no primeiro aniversário do golpe de Estado dos militares.

Em comunicado, a HRW afirmou que a junta militar no poder não faz mais do que adiar a data para a realização de eleições, que esta semana foi adiada do início de 2016 para agosto desse ano, para poder realizar antes um referendo sobre a nova Constituição.

“Um ano depois do golpe militar, a Tailândia é uma ditadura política com todo o poder concentrado nas mãos de um homem”, afirmou Brad Adams, diretor da ONG para a Ásia.

O chefe do exército tailandês, Prayuth Chan-ocha, autoproclamou-se primeiro-ministro provisório, um dia depois de os militares terem tomado o poder num golpe de Estado, a 22 de maio de 2014.

O Conselho Nacional para a Paz e Ordem — designação oficial da junta –foi provido de imunidade, de acordo com Brad Adams, com o objetivo de encurralar os apoiantes da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra, envolvida num processo judicial por alegada negligência.

Desde o fim da monarquia absoluta em 1932, a Tailândia foi palco de 19 tentativas de golpe de Estado, das quais 12 consumadas com êxito.

 

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