O Banco de Portugal acabou de informar que foi dado início à Fase IV do procedimento relativo à alienação do Novo Banco. O supervisor acrescenta que esta fase corresponde a um período de negociação com o potencial comprador selecionado pelo Banco de Portugal, e que não é identificado. Na semana passada, o Jornal de Negócios anunciava que a Anbang, sociedade financeira chinesa, tinha sido selecionada para entrar em negociações exclusivas para a venda do Novo Banco.

O Banco de Portugal revela ainda que está previsto que as negociações decorram até ao final do presente mês de agosto. Mas deixa a ressalva de que as propostas vinculativas entregues pelos dois outros potenciais compradores, Apollo e Fosun, permanecem integralmente válidas. Ou seja, em tese ainda estão na corrida e poderão voltar a ser chamadas à mesa negocial caso as conversas com a Anbang não tenham um desfecho positivo.

“No final da Fase IV, e depois de avaliados os resultados das negociações à luz das regras previstas no Caderno de Encargos, o Banco de Portugal tomará uma decisão sobre o processo de alienação do Novo Banco.”

Em cima da mesa estará uma proposta financeira um pouco superior a quatro mil milhões de euros, mas que envolve verbas para recapitalizar o Novo Banco. No entanto, o “potencial comprador”, estará a impor um conjunto de condições que podem vir a baixar este encaixe, caso certas contingências se verifiquem.

Um resultado já mais ou menos claro é que haverá perda para o Fundo de Resolução que injetou 4900 milhões de euros no Novo Banco. O mais provável é que o preço nem chegue para devolver o empréstimo avançado pelo Estado de 3900 milhões de euros.

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