Histórico de atualizações
  • Obrigada por ter acompanhado este liveblog. Amanhã continuaremos a seguir a campanha eleitoral. Boa noite.

  • Costa diz que Grécia "não tem nada a ver" com Portugal, mas tem esperança que ajude a acabar com a crise da zona euro

    Foi um António Costa menos efusivo aquele que falou sobre a vitória do Syriza. Disse o candidato a primeiro-ministro que tem “esperança que agora as coisas possam correr com toda a tranquilidade” em Atenas depois da reeleição de Alexis Tsipras, mas que o que se passa lá “não tem nada a ver” com o que se passa em Portugal.

    “O que se discute Portugal não tem nada a ver com o que se discute na Grécia. O que se discute em Portugal é saber qual é o caminho que nós vamos seguir a partir de domingo, dia 4 de outubro. Se vamos prosseguir a trajetória que nos tem conduzido ao aumento endividamento e a esta estagnação do crescimento e que aumento o desemprego e a pobreza ou se viramos a pagina para podermos relançar a economia”, disse.

    Para António Costa, estas eleições na Grécia podem ainda servir para ajudar a zona euro: “Tenho esperança que agora as coisas possam correr com toda a tranquilidade e que isso contribua para virarmos também a pagina da crise da zona euro e reforçarmos entre todos os países da zona euro a tranquilidade e serenidade que é necessária”.

    Pelo meio ainda deixou o desejo de que “a Grécia encontre um caminho de estabilidade e o caminho do crescimento e aliviar o sofrimento que a austeridade tem imposto ao povo grego, até porque o que os gregos fizeram foi “recusar regressar ao governo de direita”.

  • Passos fala em misteriosos "silêncios ensurdecedores" e pede a Costa que "repense" reforma conjunta da Segurança Social

    Foi quando estava a falar dos lesados do BES e do facto de não estar arrependido de não ter dito à Caixa para “ir salvar o BES”, que Passos falou nuns “silêncios ensurdecedores” que deixou os presentes na dúvida sobre a que se referia.

    “Temos de ter à frente do Estado e do Governo quem possa realmente lutar contra os privilégios, e só pode lutar contra os privilégios quem tenha provas dadas de que não está apenas ao serviço de alguns, mas sim ao serviço de todos. E aqui deixem-me dizer: nesta campanha eleitoral, há silêncios muito ensurdecedores, muito ensurdecedores”, disse num jantar de campanha no concelho de Torres Vedras. Mas no ar ficou a dúvida sobre a que silêncios se referia.

    Na mesma intervenção, Passos voltou a criticar Costa por não se sentar à mesa para negociar uma reforma da Segurança Social e pediu-lhe que “repensasse”: “Não lhe caem os parentes na lama, não perde um único voto por causa disso. Repense o que disse e disponibilize-se para fazer aquilo que é importante para Portugal, a reforma da Segurança Social que não quis fazer antes das eleições, mas pelo menos que a possamos fazer depois das eleições”. Ainda há tempo, disse.

  • Costa atira a Passos e a Portas a "peste grisalha"

    O cabeça-de-lista da coligação pela Guarda falou uma vez num artigo de opinião da “peste grisalha” que eram os idosos. Foi deixa mais do que suficiente para António Costa atirar a Passos Coelho e Paulo Portas que não só promoveram este deputado como partilham a ideologia: “É um pensamento que anima a direita”.

    Ao jantar em Seia, Costa via algumas cabeças de cabelos brancos e para esta plateia insistiu no ataque que diz, o Governo fez aos idosos, mas que “nem a troika o obrigava nem a necessidade o impunha”. E por isso quis marcar a diferença para o adversário. “Em Portugal não há uma peste grisalha, há pessoas que gracas ao Serviço Nacional de Saúde têm hoje mais esperança de vida – e que nos dão o prazer de estar mais anos de convívio conosco. E podemos desejar que o possam fazer quantos mais anos possível, com as melhores condições possíveis”.

    O cabeça-de-lista pela coligação é Carlos Peixoto que para Costa acabou por ser promovido “era para ser último suplente. Depois de ter dito o que disse, de ter escrito o que escreveu, de ter teorizdo sobre a peste grisalh, o que os chefes da coligação disseram era que não era o último suplentoe, mas o cabeça de lista”. E porquê?: “Porque este pensamento não é exclusivo dele, é o pensamento que anima a coligação de direita”.

    Costa voltou a referir os cortes nas pensões e falou até na “mentira” de Passos Coelho, quando se referiu ao corte no 13º e 14º mês.

    No primeiro dia oficial de campanha, Costa conta já os dias que faltam. Começou o discurso a dizer que daqui a 15 dias por esta hora já se sabe quem ganhou as eleições e terminou dizendo que faltam “15 dias para travar esta grande luta. Não é uma luta em nome do PS, mas em nome de de Potugal”.

  • Passos: "Evitámos que o país inteiro se transformasse em enganados do BES"

    No dia em que os lesados do BES estiveram à porta de todas as ações de campanha da coligação Portugal à Frente, levando mesmo os dois líderes da coligação a reunirem-se com um grupo de três manifestantes, Passos dedicou-lhes uns minutos na sua intervenção no jantar-comício desta noite, em Torres Vedras:

    “Ainda hoje falei com pessoas que estão nessa situação e o que posso dizer é que tenho a maior das considerações e preocupações com quem é enganado na sua vida, e creio que fizemos alguma coisa ao nível da justiça para que quem se sinta injustiçado a ela possa recorrer, mas há uma coisa que o Estado podia evitar e evitou: que o país inteiro não fosse transformado em enganados e em lesados do BES – isso nós evitamos”, disse, referindo-se ao modelo de resolução, e não nacionalização, do BES.

    Mais: “Não me arrependo nem por um segundo de não ter dito à Caixa Geral de Depósitos para ir salvar o Grupo Espírito Santo, porque a função o Estado não é ir salvar grupos económicos”, disse, sublinhando a ideia de que se o Estado tivesse nacionalizado o BES todos os contribuintes estariam a pagar.

  • Portas centra ataque em Costa: "Agora promete acabar com portagens, mas não as ia usar para financiar Segurança Social?"

    Paulo Portas já tinha dito que ia dedicar sempre uma palavra ao líder da oposição, e o prometido é devido.

    Esta noite, num jantar-comício da coligação em Torres Vedras, Portas pegou na mais recente promessa de António Costa de vir a acabar com as portagens no interior e ironizou: “Então não tinha dito que ia usar as portagens para financiar a Segurança Social?”

    Trata-se de “demagogia”, diz. “Há uma enorme facilidade com que António Costa cai no terreno da demagogia. Ouviu-nos falar na discriminação positiva das portagens nas regiões do interior tanto para famílias como para transporte de mercadorias, e agora pensou que tinha de ir mais longe do que nós e vem dizer que vai acabar com as portagens. Então mas não tinha dito que ia usar as portagens para financiar a Segurança Social? Tanta inconsistência, tanto ziguezague…Depois de Portugal ter passado por tudo o que passou parece que ainda há a ideia de que se pode fazer um discurso político consoante a audiência como se a informação não fosse global e as pessoas não tivessem inteligência”, disse.

  • Mais lesados do BES, agora em Torres Vedras

    Mais uma ação de campanha, mais lesados do BES à porta. Agora em Torres Vedras, durante um jantar-comício com militantes. Eram cerca de uma dezena, desta vez todos vestidos de negro, com cartazes, uma bandeira de Portugal e vários apitos e buzinas para fazer barulho. Num dos cartazes lia-se “Banco de Portugal e Novo Banco não brinquem com a dignidade humana”, no outro lia-se, em inglês, “Fomos roubados, não desistimos”.

  • Vitória do Syriza preocupa Passos? "Nada, as nossas eleições são num clima bem diferente"

    Foi numa declaração para os jornais da SIC e, depois, da RTP que Passos reagiu a quente ao resultado eleitoral na Grécia, que dá vitória ao Syriza: “Eu não tenho estados de alma. Posso apenas dizer que, felizmente, Portugal vive hoje um clima bastante diferente daquele que se vive na Grécia”, disse, quando questionado sobre o que sentia face ao resultado. O argumento continua a ser a instabilidade que se vive naquele país.

    “Nós vimos na Grécia realizarem-se este ano por duas vezes eleições gerais, felizmente nós tivemos estabilidade nestes quatro anos e enfrentamos agora as eleições com uma coligação que não só foi coesa e chegou ao fim do seu mandato, mas dá uma perspetiva muito diferente da que, infelizmente, os gregos têm, que é um novo programa e a austeridade”, disse.

    Vitória do Syriza preocupa? “Nada, é um resultado que eu respeito, são as eleições na Grécia, não tenho nenhum comentário a fazer, exceto dizer aquilo que já tive ocasião de sublinhar hoje: felizmente, Portugal teve uma estabilidade que a Grécia não teve nestes anos. E, portanto, as nossas eleições decorrem num clima bastante diferente”.

    Estamos a preparar um futuro intensificando a recuperação da nossa economia, o crescimento do emprego. Infelizmente, a Grécia tem a perspetiva nos próximos anos de executar um programa que é difícil e que eu espero sinceramente que pelo menos desta vez seja bem-sucedido para que seja a última vez que a Grécia passa por estas dificuldades”, acrescentou.

    Também Paulo Portas, falando para uma plateia de militantes em Torres Vedras, quis separar Lisboa de Atenas para mostrar que uma vitória da esquerda na em Atenas nada tem a ver com as eleições em Lisboa. Apenas os timings são semelhantes.”Respeitamos a escolha dos gregos mas o caminho de Portugal é diferente. Foi diferente e diferente será. Eles têm a troika e nós não”, disse.

  • Costa quer o voto de todos porque "o esforço não se pode limitar às nossas fronteiras"

    No primeiro dia da campanha oficial, António Costa faz apelo de voto numa roda de 360 graus. Quer o apoio “de todos” para impedir que “se destrua o património comum que muita gente, da esquerda à direita, construiu”. O líder socialista discursava para casa cheia em Castelo Branco. Foi o primeiro grande comício da campanha e Costa aproveitou a plateia entusiasta para pedir o voto claro que lhe dê maioria para que não se discuta afinal quem ganha eleições. Porque, disse “o esforço não se pode limitar às nossas fronteiras. Temos de chamar todos”.

    O “esforço” que Costa pede é um pouco à semelhança daquele “suplemento de confiança” de que falava e tudo porque, diz, o PS tem a capacidade de unir todos para que o país “tenha a estabilidade necessária que merece”. “Não fazemos um esforço especial a juntar sindicalistas e empresários”, referiu lembrando o almoço com sindicalistas que teve no sábado em Odivelas. “O que está em causa é muito mais que o PS”, insistiu.

    Num distrito pobre, Costa falou sobretudo de temas sociais. Prometeu a reposição dos cortes e garantiu que “com o PS não há nem haverá cortes nas pensões”. Estava lançada a deixa para insistir na ideia que a coligação vai lançar, por contraponto, um corte de 600 milhões nas pensões: “É preciso muito descaramento daqueles que prometeram em Bruxelas cortas as pensões, virem agora acusar outros de cortar as pensões. Só temos uma palavra e um compromisso”, disse.

    Para rever parte do discurso do líder socialista, clique em baixo

  • Livre diz que é possível evitar decisões sobre privatizações

    “Parem de privatizar, já só falta o ar” foi o mote de uma das primeira ações de campanha do Livre/Tempo de Avançar, que defende que ainda “é possível evitar muita decisão errada a respeito das privatizações”.

    “Ao contrário do que se diz e se pensa, nem tudo foi privatizado, ainda é possível evitar muita decisão errada a respeito das privatizações”, explicou à Lusa José Castro Caldas, terceiro na lista do Livre/Tempo de Avançar em Lisboa, no Largo Camões, o ponto de partida de uma “mini-manifestação” que terminou no Rossio.

    Apontando a privatização do sistema de transportes de Lisboa e Porto e até a privatização da TAP como exemplos de processos “perfeitamente reversíveis”, Castro Caldas alertou para a necessidade de colocar “limites” nas privatizações.

    “Podemos evitar que sejam privatizadas coisas que nem imaginamos que algum dia o possam ser, a imaginação de quem defende as privatizações não tem limites e há quem defenda a privatização das praias”, disse, sublinhando que “as privatizações não levam a lado nenhum” e que “falta só quem defenda a privatização do ar”.

    Lusa

  • Jerónimo diz que coligação “diz mata” e PS “diz esfola”

    O secretário-geral do PCP resumiu este domingo o período de pré-campanha eleitoral para as legislativas afirmando que a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) “diz mata” e o maior partido da oposição, PS, “diz esfola”, em Lisboa.

    Num Coliseu dos Recreios com perto de 3.000 pessoas, Jerónimo de Sousa, aproveitou para fazer um balanço do que aconteceu até este primeiro dia de campanha oficial, destacando a “injustiça fiscal”, o “prolongamento dos cortes de salários e pensões” e o “congelamento geral e desvalorização de salários até 2019” de entre os programas da atual maioria governativa e do partido liderado por António Costa.

    “PS, PSD e CDS convergem. Uns dizem mata, com a sua proposta de corte imediato de 600 milhões de euros nas reformas em pagamento, os outros dizem esfola, com a sua medida de redução da Taxa Social Única (TSU) e consequente desvalorização a prazo das reformas e pensões e da universalização da condição de recursos a todas as prestações sociais, que significarão novos cortes nas prestações sociais de mais de mil milhões de euros nos próximos quatro anos.

    Lusa

  • "Gatunos!", lesados do BES aparecem na campanha da coligação

    Acabou a reunião entre Passos, Portas e os três representantes dos lesados do BES. À saída, o primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro ouviram gritos de ‘ladrões’, ‘gatunos’ e até ‘Sócrates era melhor’. Passos ainda disse aos jornalistas que a postura do governo é de “diálogo”, mas a comitiva tentou apressar o momento e conduziu-os imediatamente para os carros.

    Um dos lesados que esteve reunido com Passos e Portas disse mesmo à comunicação social que lhes foi pedido “para não aparecerem na campanha” por estarem a “prejudicar”. Visivelmente emocionada, outra das lesadas que esteve reunida com Passos, Ana Clara Henriques, disse aos jornalistas que “não há garantias”. Segundo a manifestante, Passos terá dito que o problema estava na falta de entendimento entre a CMVM e o Banco de Portugal e que iria continuar a fazer pressão para “desbloquear” o impasse. Ao mesmo tempo que insistia para que “não perdessem tempo” e recorressem aos tribunais. “Respondemos que não há tempo, que há pessoas que não têm tempo”, disse a lesada, que afirma ter perdido, juntamente com os pais, um total de 50 mil euros.

    Segundo outro manifestante, Portas terá respondido, já a caminho do carro, que “não foi ele (Passos) que roubou”. Os carros saíram, mas os insultos mantiveram-se.

  • As promessas do PS para Castelo Branco

    1 – A continuação do investimento na sustentabilidade energética do distrito, com a retoma da execução do aproveitamento Hidroelétrico do Alvito;

    2 – A avaliação e a revisão do regime de portagens, “imposto pelo PSD na Autoestrada da Beira Interior, operando uma redução substancial ou ponderando a sua isenção”;

    3 – Procurar investimento para o IC6 e IC31;

    4 – Melhoria do abastecimento de água do concelho da Covilhã.

    Nas últimas duas eleições legislativas, os quatro deputados que são eleitos pelo distrito foram divididos entre PS e PSD, dois para cada.

  • Lesados aguardam reunião com Passos

    Depois de mais de uma hora e meia, Pedro Passos Coelho foi finalmente reunir com os três lesados do BES que tinham sido encaminhados para uma sala na sede dos bombeiros voluntários do Cadaval.

    Antes, Passos esteve numa sessão com agricultores. Só agora entrou na sala onde os três manifestantes o aguardam para conversar. Lá fora, o resto do grupo continua à espera de novidades.

  • A campanha de António Costa está esta tarde em Castelo Branco, para um comício que promete casa cheia, no pavilhão principal do NERCAB. Daqui a pouco daremos conta do discurso em direto.

  • Lesados do BES no Cadaval à espera de Passos e Portas

    À chegada ao Cavadal, para uma visita aos bombeiros voluntários, Passos e Portas tinham um pequeno grupo de lesados do BES à espera.

    Três deles, duas mulheres e um homem, foram encaminhados para uma sala e estão à espera de ser recebidos pelo primeiro-ministro.

    Do lado de fora, e pacientemente à espera, ficaram mais cinco ou seis pessoas com t-shirts alusivas à situação. Vieram das Caldas da Rainha e de Torres Vedras para o Cadaval porque “ficar calado não resolve nada”. Não é que acreditem muito que a conversa com Passos Coelho vá mudar alguma coisa, mas vale a pena tentar, dizem ao Observador.

    Um casal, de 77 e 83 anos, trazem na mão uma notícia do Expresso de fevereiro, onde Passos diz “Se o BES deu garantia, Novo Banco tem de pagar”. “É um mentiroso, não cumpriu nada do que disse”, afirmam, queixando-se do facto de Passos Coelho os ter “mandado para os tribunais”.

    “Se vamos para os tribunais e se já temos a idade que temos só depois de mortos é que vamos receber o nosso dinheiro”, argumentam.

  • Breve desfile da CDU encabeçado pelas mulheres

    O desfile do primeiro dia de campanha oficial da Coligação Democrática Unitária (CDU), em Lisboa, foi liderado pela deputada ecologista Heloísa Apolónia e a parlamentar comunista Rita Rato, sem o popular Jerónimo de Sousa.

    O percurso de militantes e simpatizantes de PCP e do Partido Ecologista “Os Verdes” limitou-se à praça da Figueira, Rossio e Rua das Portas de Santo Antão até ao Coliseu dos Recreios, palco do comício vespertino, longe do efeito da “Marcha do Povo”, organizada em 6 de junho, do Marquês de Pombal até aos Restauradores.

    O membro do comité central do PCP, Jorge Cordeiro, esclareceu à Lusa que “nunca esteve prevista” a presença do secretário-geral no momento de rua anterior à sua intervenção política, embora a agenda de campanha tivesse aquele item, bem como o sítio dos comunistas na Internet.

    “As mulheres têm uma grande força e participação na CDU, portanto, aqui estamos nós e muitas mais”, afirmou a líder parlamentar do parceiro de coligação, PEV, Heloísa Apolónia, entre os gritos de apoio “A CDU avança, com toda a confiança!”.

    Ao seu lado, Rita Rato, segunda da lista de candidatos por Lisboa, precisamente atrás de Jerónimo de Sousa, disse que o líder comunista “tem muita confiança nas mulheres da CDU e nas mulheres deste país”.

    Lusa

  • Incentivos para médicos no interior foi medida para “eleitor ver”

    O secretário-geral do PS, António Costa, acusou este domingo o Governo de criar uma medida para “eleitor ver” no setor da saúde, com o “tão anunciado sistema de incentivos para a fixação de médicos no interior”.

    “Tudo não passou de mais uma medida anunciada em ano eleitoral, mas que não passou do papel”, vincou hoje o socialista, num almoço com apoiantes na Covilhã.

    O repasto deu-se após uma visita matinal ao hospital da cidade, e perante centenas de apoiantes, Costa centrou boa parte do seu discurso na defesa do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

    Na ocasião, o líder do PS disse que, “às vezes”, ainda tem a “ingenuidade de acreditar nas coisas” que ouve o Governo anunciar, antes de falar no referido sistema de incentivos.

    “Afinal, a famosa medida do Governo foi só para eleitor ver, está só no papel, não está em vigor”, advertiu.

    Costa lembrou ainda a escolha de António Arnaut para mandatário nacional para as legislativas, uma mensagem enviada a todos os portugueses de que o “SNS é uma obra de que o PS se orgulha e que o PS está aqui para defender e se bater por ele”.

    “Não haverá desenvolvimento do interior do país se não tivermos um SNS de qualidade”, insistiu António Costa.

    Lusa

  • “Nós, Cidadãos!” quer fazer parte da “surpresa” eleitoral

    O presidente da comissão política do movimento “Nós, Cidadãos!” assumiu este domingo que aquela força política quer fazer parte da “surpresa” nas eleições legislativas de 04 de outubro e eleger deputados à Assembleia da República.

    Nós queremos fazer parte dessa surpresa do 4 de outubro. Uma parte já é conhecida, não vai haver maioria absoluta e a outra parte da surpresa é que vão aparecer forças emergentes com capacidade de disputar a palavra aos grandes partidos, enquanto se preparam, no futuro, para disputar o poder“, disse à agência Lusa Mendo Castro Henriques.

    O líder do “Nós, Cidadãos!”, que participou este domingo, em Coimbra, no arranque da campanha eleitoral, numa iniciativa intitulada “Cidadãos em Movimento”, estimou que existam cerca de 600 mil votos – a que podem corresponder 20 mandatos eleitorais – para os novos partidos disputarem.

    Mendo Castro Henriques frisou, ainda, que o arranque da campanha eleitoral em Coimbra serviu para contestar, na chamada “Cidade do Conhecimento”, o que diz ser a política “desastrada” do atual Governo, ao nível daquilo que considerou o “desinvestimento” na investigação científica e contra o qual o “Nós, Cidadãos!” propõe um modelo de autonomia.

    Lusa

  • Eurico Brilhante Dias diz que mudança do Governo é questão de "higiene democrática"

    O dirigente socialista Eurico Brilhante Dias defendeu que a derrota da coligação PSD/CDS-PP é uma questão de “higiene democrática”, sustentando que quem mente em assuntos centrais da governação tem de ser penalizado pelos eleitores.

    Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional nas direções lideradas por António José Seguro e segundo da lista do PS pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, falava num almoço-comício na Covilhã, num discurso em que também acusou a maioria PSD/CDS-PP de usar a estratégia do “medo”.

    Num discurso muito aplaudido, Eurico Brilhante Dias começou por considerar que o PS está “junto” antes das eleições legislativas e procurou dramatizar o que está em jogo no dia 4 de outubro, “porque a mentira e o medo não podem ser caucionados”.

    “É saudável para a democracia portuguesa que quem mente perde as eleições. Quem diz que não corta salários e depois corta, quem diz que não corta pensões e depois corta, não pode ganhar eleições. É uma questão de higiene democrática”, sustentou o dirigente socialista.

    Lusa

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