Perto de 400 refugiados, maioritariamente sírios, foram desalojados hoje pelas forças da ordem de vários acampamentos situados perto do porto francês de Calais (norte), constatou um correspondente da agência France Presse.

As operações decorreram de uma decisão da justiça, segundo fontes concordantes próximas do dossier.

A prefeitura do Pas-de-Calais afirmou à AFP que no exterior de um novo campo criado em abril, designado “Nova Selva”, “qualquer acampamento não autorizado não poderá permanecer e será alvo de evacuação”.

Sem solução de alojamento, uma meia centena de refugiados acompanhados de militantes do movimento “No border”, que luta pela abolição das fronteiras, improvisaram um acampamento no porto no final da manhã para recusar ir para a “Nova Selva”, que acolhe perto de 3.000 migrantes.

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Foram dispersados pelas forças da ordem, que usaram gás lacrimogéneo e interpelaram três militantes do “No border”, segundo vários responsáveis associativos.

Dois outros acampamentos com cerca de 50 pessoas cada, situados igualmente nas proximidades do porto e nos quais viviam há vários meses sírios e outros migrantes vindos de África, foram desmantelados.

As tendas foram instaladas há vários meses, antes da criação da “Nova Selva” em abril.

Um quarto acampamento situado perto da “Nova Selva”, com numerosos cidadãos eritreus, foi também desmantelado com a ajuda de uma retroescavadora, constatou um repórter fotográfico da AFP.

Cerca de 4.000 migrantes, vindos principalmente do leste de África, do Afeganistão e da Síria, encontram-se na região de Calais, tentando passar o canal da Mancha para chegarem à Grã-Bretanha.