Representantes dos credores da Grécia iniciaram hoje em Atenas conversações com o ministro das Finanças grego, Euclide Tsakalotos, para avaliar a aplicação das reformas exigidas para que prossiga a ajuda financeira ao país.

Hoje de manhã, teve lugar um primeiro encontro entre o ministro e Declan Costello, da Comissão Europeia, Rasmus Rüffer, do Banco Central Europeu (BCE), Nicola Giammarioli, do Mecanismo Europeu de Estabilidade, e Delia Velculescu, do Fundo Monetário Internacional (FMI), indicou fonte do ministério.

A reunião teve lugar num hotel de Atenas e esteve centrada na “coordenação da aplicação do programa grego”, tendo em vista um ajustamento da economia.

À tarde está previsto um outro encontro com o ministro-adjunto das Finanças, Georges Chouliarakis, e com o ministro-adjunto do Tesouro, Tryfon Alexiadis, para análise das finanças públicas, das previsões de orçamento para 2016 e legislação fiscal, de acordo com a mesma fonte.

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Atenas aguarda o pagamento de uma prestação de 2 mil milhões de euros do novo empréstimo internacional no valor total de 86 mil milhões de euros, concedido em julho para vigorar durante três anos.

O país já recebeu em agosto uma primeira tranche de 13 mil milhões de euros, que serviu essencialmente para reembolsos ao BCE e ao FMI.

Em Bruxelas, o comissário europeu para o Euro, Valdis Dombrovskis, mostrou-se otimista quanto ao pagamento de 2 mil milhões de euros.

“Diria que sim”, afirmou quando questionado sobre se a Grécia está em condições de receber o dinheiro, “mas estarei em condições de dizer mais na próxima semana”, acrescentou.

Dombrovskis deve efetuar uma visita a Atenas na próxima semana, tendo previstos encontros com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e com o ministro das Finanças.

O objetivo das visitas regulares de representantes de Bruxelas a Atenas é insistir na aplicação das reformas.

O parlamento grego aprovou na sexta-feira um novo pacote de medidas de austeridade e em novembro são esperadas novas medidas.

Contra estas reformas, os sindicatos já lançaram um apelo para uma greve geral a 12 de novembro.