O jornal satírico Charlie Hebdo está novamente no centro da polémica. Sempre atento ao que se passa na atualidade, a publicação francesa já tinha chamado a atenção na altura em que a criança síria Aylan Kurdi deu à costa numa praia turca depois de se ter afogado ao tentar fazer a travessia para a Europa juntamente com a família. Esse momento, que chocou e emocionou o mundo chamando a atenção para a crise dos refugiados, foi aproveitado pelos cartoonistas para criarem duas capas que geraram controvérsia.

Agora um cartoonista do mesmo jornal aproveitou outro incidente que tem marcado a atualidade para recuperar o pequeno sírio cuja morte deu a volta ao mundo: na noite de passagem de ano, centenas de mulheres foram sexualmente agredidas na cidade alemã de Colónia por pessoas, na sua maioria, originárias do Norte de África, requerentes de asilo ou imigrantes ilegais, segundo relataram as autoridades alemãs.

Ora, debaixo do título “Migrantes”, esta nova publicação faz a pergunta: “O que seria do pequeno Aylan quando crescesse?” E a resposta é dada através de um desenho onde dois homens com uma cara que remete a um focinho de porco, com a língua de fora numa expressão lasciva perseguem duas mulheres. No canto superior esquerdo representa-se a fotografia do corpo da criança síria:

Pelas redes sociais chovem críticas e acusações de racismo ao jornal francês. No entanto existem também opiniões que dão conta que esta é, na realidade, uma crítica aos “estereótipos distorcidos” provocados pelas informações publicadas pela comunicação social e pelas autoridades alemãs.

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