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  • E com esta vos deixamos. Estivemos de olho na catrefada de golos que os 90 minutos de Benfica-Moreirense nos deram. Os encarnados seguem vivos na Taça da Liga e agora há que esperar pelos outros semi-finalistas (por enquanto, só o Portimonense também já confirmou a passagem à fase seguinte).

    Boa noite, obrigado por ter estado a acompanhar aí desse lado e, já agora, que a semana lhe corra bem.

  • Com esta vitória, a equipa que melhor se dá com a Taça da Liga continua bem encaminhada para atingir outra final — o Benfica conquistou seis das oito edições que esta competição já leva, incluindo a última.

  • O resumo ao final do jogo

    Parecia um recreio da escola em que faltavam 10 minutos para o toque de entrada e não há tempo para mais do que um “quem marcar ganha”. Os donos da bola (por jogarem em casa) quiserem entrar de peito feito, a pressionarem os adversários e a quererem recuperar bolas perto da área alheia, e a intenção tramou-os porque, do outro lado, os visitantes quiseram fazer o mesmo. Como costumam fazer. E quando duas equipas colidem nas intenções a questão passa a resolver-se na qualidade dos jogadores — que estava muito mais do lado encarnado do que no verde e branco de Moreira de Cónegos. E as coisas más não pararam de acontecer à equipa de Miguel Leal.

    Os médios pareciam ser os piores amigos da defesa, que não ajudavam. Os defesas eram inimigos da arte de acertar um passe e quase todos os jogadores do Moreirense mostravam o que é estar desconcentrado num jogo de futebol. Os erros vinham uns atrás dos outros e começaram logo a aparecer aos 12′, quando uma equipa sedente por montar a armadilha do fora-de-jogo não pressionou o Benfica e deixou fugir Gonçalo Guedes nas costas, que o desespero de Patrick parou na área. Penálti e 1-0, pelo pé esquerdo de Talisca. Dois minutos depois, a mesma confiança invadiu André Micael, que quis proteger a bola vinda de um mau passe do brasileiro e deu espaço a mais para Gaitán esticar um pé e, mesmo na linha de fundo, tocar a bola para trás e encaminhá-la para um remate de Talisca. O 2-0 não era bonito como o 3-0, em que foi a vez de o brasileiro desmarcar o argentino, que com duas simulações pôs três homens a dormir: dois defesas do Moreirese, primeiro, e Nilson, o guarda-redes, depois. Classe.

    Antes de outro golo encarnado houve o único do Moreirense, quando Iuri Medeiros se desmarcou em diagonal (da direita para o meio) e se agarrou à bola enquanto entrava na área e aguentava as cargas de Jardel. Mas o pequenote soltou-se do grandalhão e arranjou espaço para rematar a bola e fazer o 3-1. O canhoto foi rápido a decidir como se livrar do imbróglio, algo que João Sousa — o outro central do Moreirense — não fez mesmo a antes do intervalo, quando demorou a chutar a bola para a frente e deixou que Raúl Jiménez o apertasse à queima e cortasse a bola. Ela ficou ali a jeito, a saltitar, e o mexicano usou-a para vestir um chapéu a Nilson, o guarda-redes que se estava a sair da baliza. O 4-1 era a despedida para o intervalo.

    A segunda parte foi mais calma. Os encarnados passaram minutos a minutos a quererem divertir-se em vez de jogar a séria e os erros passaram também a ser deles. Gaitán tentava fintar onde não devia, Talisca começava a errar muitos passes e os laterais demoravam muito a sair com a bola desde trás. O Moreirense recuperava mais bolas, mas tardava em fazê-las chegar a Iuri Medeiros ou Fábio Espinho, donos dos pés com mais ideias na equipa. Sem envolver os melhores no jogo, a equipa de Miguel Leal não inventava grande coisa — a não ser num livro direto conquistado pelo segundo e batido pelo primeiro, que acabou com a bola a bater na barra da baliza de Ederson.

    O Benfica estava à vontade e só quis voltar a abanar as coisas perto do fim. Rui Vitória recuou Anderson Talisca uns metros, colocou-o ao lado de Samaris (e depois de André Almeida) e deu-lhe espaço de relva para partir em correrias para a frente. O brasileiro é melhor a transportar do que a passar e foi assim que, aos 82′, levou a bola até perto da quina direita da área. Em vez de a cruzar, o brasileiro tentou o brilharete e conseguiu-o: rematou a bola num misto de jeito e força que a fez subir tão rápido quanto desceu em direção ao ângulo superior esquerdo da baliza do Moreirense. O 5-1 era um golaço e o 6-1 também foi bonito para adeptos benfiquista ver, porque a insistência de Gonçalo Guedes em não cruzar e levar a bola mesmo junto à linha de fundo acabou num passe rasteiro, para trás, que Nico Gaitán bateu de primeira, com o pé direito. Ao hat-trick de um brasileiro juntava-se o bis de um argentino, que foi capitão no jogo em que regressou da lesão numa das coxas.

    O último apito do árbitro confirmou a viagem que ao intervalo já estava reservada. Os encarnados confirmavam a passagem às meias-finais da Taça da Liga com uma goleada das antigas e com poupanças de jogadores pelo meio. Agarrou-se a uma vitória das que enchem os jogadores de moral e os fazem inchar de confiança, duas coisas que terão feito Rui Vitória sorrir, porque elas bem ajudam quando se tem de entrar bem nos jogos. Ninguém parou o Benfica em Moreira de Cónegos. Nem, por enquanto, na Taça da Liga.

  • Fim do jogo. O Benfica atropelou o Moreirense por 6-1 e confirmou a passagem às meias-finais da Taça da Liga.

  • Boa jogada do Benfica. A bola chegou até Gonçalo Guedes, na direita, que ao invés de cruzar insistiu numa simulação, ganhou a linha de fundo, colou-se com a bola em cima dela e levou-a em direção ao poste, até ver Nico Gaitán na área à espera de um passe rasteiro que, quando chegou, rematou de primeira (com o pé direito) para a equipa chegar à meia dúzia de golos marcados.

  • Golo do Benfica! Gaitán faz o segundo e o 6-1 (90')

    Ainda houve tempo para o argentino marcar mais um!

  • Um dos raros contra-ataques do Benfica nesta segunda parte acabou com André Almeida a lançar um passe para a desmarcação do brasileiro, na direita. A bola acabou por lhe bater num dos calcanhares e obrigou Talisca a parar a corrida. Estava perto da quina da área, em posição ideal para cruzar para a área. Mas não, foi logo dali — o médio puxou o pé esquerdo atrás e rematou em arco, com a bola a subir tão rápido quanto desceu para entrar mesmo no ângulo da baliza de Nilson. Golaço.

    P.S. Estivemos uns minutos com problemas no site do Observador, daí o nosso silêncio até aqui. Ainda bem que tudo voltou à normalidade mesmo antes do 5-1.

  • Golo do Benfica! É o hat-trick de Talisca para o 5-1 (83')

    Que golaço do brasileiro!

  • Substituição no Benfica e no Moreirense

    Agora sai Samaris para entrar André Almeida, nos encarnados, e nos da casa é Fati quem sai para André Marques ir a jogo.

  • O Benfica está a falhar muito mais passes desde que Talisca passou para o meio campo e a fazer companhia a Samaris. A equipa também não ajuda: neste momento, quase todos estão a inventar um pouco cada vez que têm a bola. O Moreirense tem-na recuperado mais vezes, mas teima em não a fazer chegar rápido a Fábio Espinho ou Iuri Medeiros, os homens que melhores pés têm na equipa.

  • Ui, quase que Anderson Talisca marcava outro! O brasileiro estava mesmo à entrada da área para rematar de primeira a bola que caía no ar, após ser cortada pela cabeça de um defesa do Moreirense, na área. Acertou o pontapé, mas a bola saiu ao lado do poste direito da baliza de Nilson.

  • Substituição no Benfica

    É uma estreia: sai Sílvio para Jonathan Grimaldo, o lateral esquerdo que o Benfica foi buscar ao Barça B, entrar.

  • Há pouco foi Gaitán, a querer fintar dois jogadores no próprio meio campo, quando tinha apoios de frente. Depois foi Sílvio, a querer dominar a bola com a sola da chuteira e a deixá-la fugir. Samaris também vai falhando mais passes. Os encarnados estão à vontade na partida e têm errado mais vezes.

  • Substituição no Benfica

    O jogo está controlado, por isso há que poupar. Sai Renato Sanches e entra Mehdi Carcela-González. Talisca vai recuar uns metros para jogar ao lado de Samaris.

  • Nélson Semedo foi quase até à linha de fundo, fixou as atenções dos adversários e cruzou para trás. A bola foi a saltitar, pelo passe e pelo relvado, por isso, quando Nico Gaitán a recebeu decidiu começar dar-lhe toques no ar até a colocar a jeito de um pontapé de bicicleta. O argentino conseguiu fazê-lo, mas o remate não acertou com a bola na baliza e apontou-a ao braço de Raúl Jiménez.

  • Já rola a bola na segunda parte.

  • Se não viu os quatro golos marcados pelo Benfica, aqui os tem.

    https://twitter.com/Benficastuff/status/692095032132780032

  • O resumo ao intervalo

    Escrever que estes foram 45 minutos frenéticos de bola é pouco. Desde os primeiros minutos que as equipas levaram muito a sério a ideia do “quem ganhar segue em frente”. Ambas quiserem pressionar lá à frente, correrias desenfreadas, a quererem obrigar o adversário a chutar a bola para frente de qualquer maneira para se livrarem de problemas. Mas nem Benfica nem o Moreirense o quiseram fazer. Quando as equipas têm ideias iguais importa então como são diferentes nos jogadores — e os encarnados são melhores. Ora, cada vez que os da casa apertavam, os visitantes saíam quase sempre a jogar e atacavam rápido para aproveitar os desequilíbrios que tal postura lhes provocava.

    Daí surgiu a jogada que desmarcou Gonçalo Guedes na área e o fez cair após carga de Patrick. A falta provocou o apito que deu o penálti com que Talisca bateu Nilson. Ao 1-0 seguiu-se o disparate de André Micael, que tentou proteger a bola de Gaitán perto da linha de fundo, mas deixou que o argentino esticasse o pé para a tocar para o mesmo brasileiro, que rematou de primeira para o 2-0. Entre os golos, a defesa do Moreirense despedaçava-se por erros atrás de erros, farta de sofrer sozinha e sem ajuda de coberturas dos médios. O 3-0, noutro contra-ataque, viu Guedes desmarcar Talisca e o brasileiro dar em Gaitán, que aproveitou a pressa dos adversários em correr para trás para sentar dois deles antes de deitar Nilson na relva. O 3-0 aparecia com classe.

    Logo a seguir veio o golo do Moreirense, graças à garra com que Iuri Medeiros se desmarcou, agarrou um passe, colou a bola ao pé esquerdo e foi um pequenote a aguentar a pressão do grandalhão Jardel, até rematar para bater Ederson. A pequena moral que a equipa ganhou foi anulada por João Sousa, o outro central que enterrou o Moreirense ao demorar muito tempo a fazer algo com a bola e a deixar que Raúl Jiménez a intercetasse quando a tentou chutar, de qualquer forma, para a frente. O chapéu que o mexicano vestiu depois a Nilson foi o castigo do 4-1. A equipa de Miguel Leal tem errado em demasia e não conseguiu ligar cinco passes seguidos.

  • Intervalo em Moreira de Cónegos. Benfica vence o Moreirense por 4-1. Com este resultado está mais do que encaminhado para as meias-finais da Taça da Liga.

  • Bola na barra! O pé esquerdo de Gaitán rematou a bola ao ferro depois de Samaris desmarcar Nélson Semedo na área e o cruzamento do lateral direito ressaltar num adversário. A defesa do Moreirense mal pressionou os encarnados depois de cortar um cruzamento anterior. Assim, fica difícil.

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