Mario Draghi, presidente do BCE, diz que esta é, ainda, uma questão que “está a ser ponderada”. Mas, segundo o diário alemão Handelsblatt, o Conselho de Governadores do banco central já votou favoravelmente, com larga maioria, a eliminação da nota de 500 euros. O presidente do BCE, que esta segunda-feira está no Parlamento Europeu, diz que a nota de 500 euros está, “cada vez mais, a ser vista como um instrumento para o financiamento de atividades ilegais”.
Várias declarações e notícias na imprensa nas últimas semanas indicavam já que os dias da nota de 500 euros poderiam estar contados. Esta segunda-feira poderá ter-se dado um passo importante no sentido da sua eliminação: segundo o Handelsblatt, o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) aprovou uma carta de intenções neste sentido. Nos próximos meses poderá haver uma decisão formal.
O presidente do BCE, que está no Parlamento Europeu esta segunda-feira, foi questionado por um eurodeputado sobre o tema mas não confirmou que essa votação existiu. Draghi garantiu que a eliminação da nota de 500 euros é uma hipótese que está a ser “ponderada“.
“Há uma convicção crescente de que notas de elevada denominação são, também, usadas para atividades ilegais“, reconheceu Mario Draghi. O presidente do BCE sublinhou, contudo, que se se confirmar a retirada da nota “temos de fazê-lo com muito cuidado“, pelo que a forma como isso poderia ser feito está, também, a ser “objeto de reflexão” por parte do Conselho de Governadores e do Conselho Executivo do BCE.
A importância da nota de 500 euros, a nota mais valiosa de euro, tem sido discutida nos últimos meses e na semana passada Michel Sapin, ministro das Finanças de França, disse aos jornalistas que “a nota de 500 euros é a mais usada para facilitar transações ilegais, não serve para pessoas como eu ou você comprarmos comida”. No topo das preocupações está o branqueamento de capitais e o financiamento de atividades terroristas.