No dia 16 de março, seis dias antes dos atentados em Bruxelas, o FBI informou as autoridades holandesas que os irmãos Ibrahim e Khalid El Bakraoui tinham cadastro criminal e representavam um perigo por estarem envolvidos numa rede jihadista. Seis dias depois, Ibrahim fez-se explodir no aeroporto de Zaventem e Khalid fez o mesmo na estação de metro de Maelbeek. O Ministro da Justiça holandês, Ard van der Steur, declarou terça-feira, no Parlamento de Haia, que a informação foi transmitida às autoridades belgas a 17 de março, avança o La Derniere.

O governo belga enfrenta agora uma crise no que concerne a gestão de segurança do país. Na sequência de várias falhas apontadas às autoridades belgas na prevenção dos ataques que mataram 32 pessoas, os ministros do Interior e da Justiça apresentaram a demissão, que o primeiro-ministro não aceitou.

Na segunda-feira, a televisão grega ERT divulgou que também as autoridades gregas informaram a Bélgica que Abdelhamid Abaaoud planeava ataques no aeroporto de Zaventem. As descobertas foram feitas depois das buscas feitas ao apartamento do jihadista em Atenas em janeiro de 2015. A ERT diz que a Bélgica tinha conhecimento dos planos desde essa altura.

A polícia judiciária federal belga (PJF) disse, em comunicado, que não recebeu qualquer informação por parte do FBI. Acrescentam, ainda, que, no dia 17 de março, um membro da polícia holandesa reuniu com a PJF na Bélgica. Na reunião foram trocadas informações sobre a operação levada a cabo em Forest no dia 15 de março de 2016, mas as informações do FBI não foram mencionadas.

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