A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) está a financiar um projeto de pesca para ajudar São Tomé e Príncipe, alvo de embargo da União Europeia à exportação do seu pescado, anunciou fonte oficial.

Nós estamos num processo de melhoria da captura, tratamento e comercialização dos produtos de pescas em São Tomé e Príncipe, uma vez que estamos impedidos de exportar o nosso pescado por falta de condições de higiene”, explicou o diretor das pescas, João Pessoa.

Técnicos da direção das pescas estão a receber uma formação de formadores sobre tratamento e comercialização do pescado no âmbito deste projeto.

Essa formação enquadra-se na assistência técnica solicitada pelo Governo à FAO para a melhoria das condições de manuseamento dos produtos haliêuticos“, explicou o responsável.

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O projeto, orçado em 340 mil dólares (304,6 mil euros), financiado pela FAO tem uma duração de dois anos e destina-se essencialmente a apoiar o Plano Nacional de Investimento Agrícola e Segurança Alimentar e Nutricional do governo são-tomense.

Um dos objetivos deste plano é promover ações de capacitação institucional sobre a comercialização do produto da pesca, apoio ao setor privado, sensibilização sobre o papel e a importância do produto haliêutico na segurança alimentar e nutricional no país”, explicou João Pessoa.

“Depois desta formação, os formadores irão às comunidades para formar líderes associativos e as vendedeiras de peixes, que são as pessoas mais visadas no manuseamento, tratamento e comercialização de produtos haliêuticos”, sublinhou o diretor das pescas.

A União Europeia que tem pelo menos 23 embarcações a pescarem anualmente nas águas são-tomenses impôs, há vários anos ao arquipélago, um embargo à exportação dos seus produtos haliêuticos particularmente para a Europa, alegando falta de condições de higiene no tratamento do pescado.

O diretor das pescas acredita que com este projeto o país está “no bom caminho” que o conduzirá brevemente a libertar-se da proibição de exportação do seu pescado para os países da União Europeia.

Estamos a promover uma formação de formadores, vamos formar e sensibilizar os nossos pescadores e as vendedeiras de peixe e vamos muni-los com equipamentos para que possam exercer as suas atividades em melhores condições de higiene, vamos equipar um laboratório de análise de produtos de pesca e dar formação aos seus técnicos”, garantiu.

“Pensamos que estamos no bom caminho e que brevemente poderemos começar a exportar os nossos produtos”, disse o responsável.