Memórias
Raul Brandão
(Quetzal)

Uma leitura obrigatória. Do prefácio do autor: “(…) Muitas folhas destes canhenhos serão mal interpretadas, talvez muitos tipos falsos. Só vemos máscaras, só lidamos com fantasmas, e ninguém, por mais que queira, se livra de paixões. No que o leitor deve acreditar é na sinceridade com que então as escrevi. Poderão objectar-me: – então com que destino publico tantas páginas desalinhadas, de que eu próprio sou o primeiro a duvidar? É que elas ajudam a reconstituir a atmosfera de uma época (…). Ensinam e elucidam.” Vão de 1900 a 1930. Há uma nova edição num só volume dos três tomos originais.

Crepúsculo do colonialismo
Bernardo Futscher Pereira
(Dom Quixote)

Não é preciso concordar com todas as conclusões ou premissas do estudo do nosso Embaixador em Dublin para reconhecer o interesse e a limpidez do estilo deste seu novo contributo para a história d’A diplomacia do Estado Novo. Este volume cobre o período 1949-1961. Sucede a um primeiro volume intitulado A diplomacia de Salazar publicado em 2012 e dedicado aos anos que mediaram entre a ascensão de Salazar à chefia do governo e a adesão de Portugal ao Tratado do Atlântico Norte. Ninguém tenha medo de levar este livro para férias. É eminentemente legível.

Submissão
Michel Houellebecq
(Alfaguara)

Acaba de sair em França a edição de bolso deste romance. Em 2015 (“Je suis Charlie”, onde isso já vai) foram publicadas em francês duas “antecipações” da “islamização” de um mundo descrente de si próprio: o livro de Houellebecq e o romance, menos conhecido, do escritor argelino Boualem Sansal: 2084. Soumission foi logo traduzido para português (2084 também já teve tradução em Portugal, 2084 – O fim do mundo). Pode ler-se com The Strange Death of Europe: Immigration, Identity, Islam, que acaba de publicar o jornalista inglês Douglas Murray, fundador do Center for Social Cohesion.

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