O primeiro-ministro António Costa alertou esta terça-feira para o facto de “grande parte dos donativos” para ajudar as vítimas do incêndio de Pedrógão Grande não ter sido “recebida pelo Estado”. O primeiro-ministro falava aos jornalistas na Fundação Champalimaud, à margem da entrega de um prémio da instituição na área da visão.
António Costa deu como exemplo os donativos recebidos pela RTP, através da campanha de solidariedade ‘Unidos por Pedrógão’. “Só a RTP pode explicar o que que fez com o dinheiro”, disse o primeiro-ministro.
Foi receando tal o volume da generosidade e das espontaneidade com que as verbas estava a ser entregues, que o estado criou um fundo [REVITA]”, explicou António Costa.
O primeiro-ministro garantiu que foi feita uma gestão repartida do fundo REVITA, acrescentando que 19 habitações afetadas pelos incêndios estão “recuperadas ou já em recuperação”. O primeiro-ministro afirmou que o Estado só organizou um fundo, o Revita, que tem 1,9 milhões de euros e é gerido conjuntamente com as autarquias e a sociedade civil.
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Sobre a controvérsia em torno da aplicação das verbas doadas por cidadãos às vítimas do incêndio de junho em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, o líder do executivo declarou: “Depois do extraordinário movimento da sociedade civil, é essencial que os portugueses tenham toda a informação sobre o destino das verbas que doaram generosamente”.
As pessoas deram o dinheiro às entidades que entenderam. O Estado organizou um fundo, o Revita, que até ao momento só recebeu donativos no montante total de 1,961 milhões de euros. Relativamente às verbas do fundo Revita, as intenções de doação chegam até 4,9 milhões de euros, apesar de, efetivamente, só termos recebido até agora, 1,9 milhões. Sendo um fundo público, é gerido em conjunto com as autarquias e com a sociedade civil”, disse.
As declarações do primeiro-ministro vêm na sequência do pedido do presidente da República para que fosse explicado aos portugueses, como lhe explicaram a si, como funciona a recolha e gestão dos donativos para ajudar as vítimas de Pedrógão Grande.