O banco espanhol Santander vai suprimir 1.100 postos de trabalho no quadro da reestruturação em curso na sequência da compra em junho do Banco Popular, anunciaram esta terça-feira em Madrid os sindicatos do grupo.

“A reorganização dos serviços centrais do Banco Santander e Banco Popular vai afetar 1.100 pessoas […] através de pré-reformas, na grande maioria” dos casos, segundo um comunicado dos principais sindicatos que negociaram o acordo.

Segundo os representantes dos trabalhadores, uma parte das saídas previstas serão voluntárias.

O compromisso negociado permitirá o acesso dos empregados de 55 anos ou mais a uma pré-reforma com 80% do salário, no caso de trabalharem para o grupo há mais de 15 anos.

Caso isso não aconteça, o trabalhador pré-reformado receberá uma indemnização paga de uma só vez e um prémio de 2 mil euros por cada triénio como empregado.

O acordo foi possível com a ativação, pela primeira vez, do novo mecanismo europeu de salvaguarda dos bancos, destinado a evitar a utilização de dinheiros públicos.

O Santander, primeiro banco da zona euro por volume de capitalização, comprou por um euro, a 7 de junho último, o Banco Popular que, na altura, era o sexto banco espanhol e estava à beira da falência.

O grupo Santander tinha em finais de setembro cerca de 201 mil empregados em todo o mundo, incluindo o Banco Popular que, antes de ser vendido, tinha cerca de 11.400 assalariados.

Não foi anunciado qualquer fecho de agências, mas o plano de reestruturação publicado em junho pelo Santander previa uma “otimização da rede comum de sucursais”.

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