A diretora de Comunicação da Casa Branca, Hope Hicks, uma das assessoras mais fiéis de Donald Trump, planeia deixar a Casa Branca nas próximas semanas, escreve o New York Times.
Hicks está a considerar renunciar ao cargo há já vários meses e disse ter conseguido realizar aquilo que queria com o trabalho que fazia dela “uma das pessoas mais poderosas em Washington”, acrescentando que “nunca haverá um momento perfeito para sair”.
A notícia acontece um dia depois de Hicks ter sido interrogada durante nove horas por uma comissão parlamentar que está a investigar a alegada interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 e os eventuais contactos entre dirigentes da campanha de Trump e dirigentes russos.
Hicks admitiu à comissão de Informações da Câmara dos Representantes que tinha contado “mentiras inocentes” para proteger Trump, mas assegurou que nunca mentiu sobre nada de relevante para a investigação relacionada com a Federação Russa.
Vários assessores da Casa Branca disseram, segundo o jornal norte-americano, que a sua saída não está relacionada com a comparência perante o comité e afirmaram que, dias antes da comissão, Hicks tinha contado a algumas pessoas que planeava deixar o cargo.
Trump reagiu ao comunicado dizendo que vai sentir a sua falta, mas que “quando ela [Hicks] me falou que está à procura de novas oportunidades, entendi totalmente. E estou certo de que vamos trabalhar juntos novamente no futuro”.
Hicks, uma antiga modelo sem experiência na área da política, foi a porta-voz da campanha eleitoral de Trump e permaneceu uma das suas assessoras mais fiéis.