Até quem assiste na primeira fila aos efeitos do aquecimento global há anos está alarmado. O Ártico registou o inverno mais quente de sempre e o nível de gelo presente na água registou recordes mínimos para esta altura do ano. “É uma loucura, estas ondas de calor, eu nunca vi nada como isto”, diz o cientista Mark Serreze, que estuda o Ártico desde 1982.

O The Guardian explica que a estação metereológica que fica mais perto do Pólo Norte – na Gronelândia – passou mais de 60 horas acima do congelamento em fevereiro. Antes deste ano, isto só tinha acontecido em duas ocasiões e durante períodos muito reduzidos. As temperaturas recorde do mês que agora terminou são aquelas que costumam ser registadas em maio.

Os especialistas, que caracterizam a situação como “inédita”, acreditam que está é uma parte de um ciclo de aquecimento global: responsável, também, pelas recentes tempestades e vagas de frio na Europa e nos Estados Unidos.

O gelo presente nas águas do Ártico, atualmente, cobre uma superfície de 5.4 milhões de metros quadrados. O valor mais baixo registado em 2017 é superior em 62.000 metros quadrados. O gelo continua a crescer e a formar-se mas, de acordo com Mark Serreza, “tudo o que crescer agora vai ser sempre fino e derreter facilmente no verão”.

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