A Arábia Saudita intercetou sete mísseis vindos do Iémen, este domingo. Um homem, de nacionalidade egípcia, morreu após detritos terem caído numa zona residencial na capital Riade.

Segundo a CNN e a Reuters, os mísseis foram lançados pelos rebeldes xiitas Huthis de quatro áreas distintas em direção à capital e a cidades como Khamis Mushait, Najran e Jizan. Além do cidadão egípcio que morreu, outras duas pessoas ficaram feridas. É a primeira morte em terreno saudita na sequência dos mísseis lançados pelo Iémen.

“Estas ações agressivas e hostis do grupo Huthi, apoiado pelo Irão, demonstra que o regime iraniano continua a apoiar a nível militar o grupo armado”, afirmou o porta-voz Turki al-Malki, citado pela BBC. Ajuda que o Irão sempre negou.

Entre novembro e dezembro foram interceptados pelos menos dois mísseis, um contra o aeroporto de Riade e outro que foi lançado em direção ao sul da capital. Depois do míssil lançado em novembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, que há três anos lidera uma incursão no Iémen, acusou o Hezbollah, grupo xiita apoiado pelo Irão, de traficar partes de mísseis para o país. Os Huthis, contudo, negaram estarem a ser ajudados pelo Irão.

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No final de dezembro, o Conselho de Segurança da ONU condenou o lançamento do míssil.

ONU condena disparo de míssil de rebeldes do Iémen contra Arábia Saudita

O conflito do Iémen, que começou em 2015, já fez mais de 10 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados. A cólera infetou cerca de um milhão de pessoas, devido à falta de vacinação e de acesso a água, e a Unicef já veio dizer que receia um novo surto em breve.

“Nas próximas semanas, a época das chuvas irá começar e sem que haja um grande investimento, a cólera irá afetar novamente as crianças do Iémen”, afirmou Geert Cappelaere, diretor da UNICEF do Médio Oriente, citado pelo Guardian.