O jornal The New York Times e a revista The New Yorker ganharam esta segunda-feira o Prémio Pulitzer na categoria ‘Public Service pelas reportagens feitas no caso do escândalo sexual que envolveu Harvey Weinstein. As peças jornalísticas revelavam as histórias de várias mulheres que acusaram o produtor de abuso sexual. Além disso, mostravam como é que Weinstein conseguiu esconder estes casos durante vários anos.

A teia de Harvey Weinstein

O impacto destas histórias rapidamente tomou outras proporções: vários homens e mulheres denunciaram os abusos que tinham sofrido durante vários anos nas mais variadas áreas, como o entretenimento, o desporto ou a música, naquilo que ficou conhecido como o movimento #MeToo. O ator Kevin Spacey, o antigo médico da seleção americana de ginástica Larry Nassar e o maestro James Levine foram algumas das pessoas que viram os seus nomes mencionados.

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A lista (sempre incompleta) dos 237 acusados de assédio sexual. 51 conhecidos, 36 não revelados, e 150 desconhecidos

A cobertura à investigação feita à ingerência russa nas eleições norte-americanas de 2016 também foi premiada, mas na categoria ‘National Reporting’. Os vencedores foram o The Times e o The Washington Post. O The Press Democrat of Santa Rosa ganhou o prémio para ‘Breaking News Reporting’ pela cobertura dos fogos florestais na Califórnia em 2017, que mataram 44 pessoas e destruíram mihares de casas.

Os Pulitzer fora anunciados na Universidade de Columbia, naquela que foi a 102.ª edição dos prémios criados por Joseph Pulitzer. Os vencedores do prémio ‘Public Service’ recebem uma medalha de ouro e os outros premiados recebem 15 mil dólares (cerca de 12 mil euros).