A comissão política da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) apelou esta sexta-feira à calma dos militantes e remeteu para sábado, na cidade da Beira, o anúncio das cerimónias fúnebres do líder do partido, Afonso Dhlakama.

“A comissão política nacional apela a todos os membros, simpatizantes e sociedade em geral [para terem] muita calma e coragem. Amanhã [sábado] anunciaremos o programa das exéquias fúnebres” e respetivas datas, referiu Ossufo Momade, chefe do departamento de defesa da Renamo.

Tratou-se da primeira comunicação oficial do partido, 36 horas depois da morte de Dhlakama.

A comissão política interrompeu a reunião que se iniciou durante a tarde, na sua sede provincial, na cidade da Beira, para ser feita a breve declaração por Ossufo Momade — em que o partido confirmou a morte, por doença, do seu presidente, às 8h de 3 de maio, na Serra da Gorongosa.

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Morreu Afonso Dhlakama, líder da Renamo. Tinha 65 anos

Fonte do partido disse à Lusa que as cerimónias públicas deverão decorrer na cidade da Beira, havendo depois a despedida familiar em Mangunde, distrito de Chibabava, no interior da província de Sofala, terra natal do líder da Renamo.

O Conselho de Ministros moçambicano anunciou também, após reunião extraordinária, em Maputo, que Dhlakama terá um funeral oficial ao abrigo do estatuto especial do líder do segundo partido com assento parlamentar.

Diversos militantes juntaram-se durante à tarde junto à sede distrital do partido à espera da marcação das cerimónias fúnebres. “Só saímos daqui quando soubermos quando é o funeral”, referiu à Lusa, Cândido Vaja, um dos militantes. Os detalhes continuam a ser preparados pela comissão política nacional da Renamo, que prossegue a reunião durante a noite. Este é o primeiro encontro do órgão após a morte do líder.