Está a ser agendada, para esta segunda-feira à tarde, uma manifestação pela demissão do executivo da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, presidido por Valdemar Alves, “face às evidências de compadrio e de desrespeito pelas mais vulneráveis e indefesas vítimas dos incêndios de incêndios de junho de 2017”.

O evento, divulgado no Facebook pela página “Demissão do Executivo Municipal de Pedrogão Grande por Compadrio” desde a semana passada, têm perto de 500 interessados, mas só 51 admitem participar no protesto marcado para as 16h30 em frente à Casa da Cultura de Pedrógão Grande, onde irá decorrer a Assembleia Municipal, pelas 17h.

“A justiça fará o que compete à justiça, e o povo fará o que compete à democracia, exigir a demissão e convocação de novas eleições em Pedrogão Grande”, refere a descrição do evento, onde é também exigido “a devolução do dinheiro gasto indevidamente até ao último cêntimo” e “a entrega das casas que eram de 2ª habitação”, que “estavam devolutas” e que “foram reconstruídas aos mais desfavorecidos afetados pelo incêndio e que ainda não tenham a sua casa reconstruída”. Em alternativa, os responsáveis pela organização da manifestação pedem a venda das mesmas, com o valor a reverter para a “reconstrução das casas de 1ª habitação”.

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Outra das exigências é a constituição de arguidos “no processo de reconstrução das casas”, nomeadamente de Valdemar Alves “pela corresponsabilidade nas consequências do incêndio de 17 de junho de 2017, inerentes às suas competências e atribuições nos termos da Lei 65/2007 e das quais não se pode eximir tenha ou não delegado funções”.

Em julho, foi aberto um inquérito pelo Ministério Público para investigar eventuais irregularidades na reconstrução das casas afetadas pelo incêndio de Pedrógão Grande depois de uma reportagem da revista Visão que que relatava situações de apoio a reconstrução de casas que não eram de primeira habitação.

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