O candidato do Movimento para o Renascimento dos Camarões às presidenciais no país, Maurice Kamto, reivindicou esta segunda-feira, em Yaoundé, capital do país, a sua vitória sobre o Presidente cessante, Paul Biya, afirmando que marcou “uma grande penalidade” contra o poder.

“Recebi uma missão para marcar a penalidade, eu atirei e marquei”, salientou Kamto durante uma conferência de imprensa. Maurice Kamto referiu que recebeu do povo “um mandato claro” que pretende “defender até ao fim”. O antigo ministro da Justiça e advogado, Maurice Kamto, de 64 anos, é líder do Movimento para o Renascimento dos Camarões (MRC).

Kamto recebeu o apoio, na sexta-feira, de um outro candidato, Akere Muna, líder da Frente Popular para o Desenvolvimento, que desistiu da corrida presidencial. Maurice Kamto denunciou “múltiplos casos de fraude orquestrados pelo poder”, aos quais, no entanto, estendeu a mão: “Os meus braços permanecem abertos para que trabalhemos juntos para o renascimento nacional”.

Na sexta-feira à noite, Paul Atanga-Nji, Ministro da Administração do Território (Interior), convidou “todos os protagonistas políticos” a “demonstrarem um sentido de responsabilidade para que o processo que começou tão bem termine no mesmo espírito”. “Qualquer forma de questionar o veredicto das urnas fora das vias legais não será tolerado”, alertou.

Legalmente, o Conselho Constitucional, composto por próximos do Presidente Biya, é o único autorizado a proclamar os resultados, no máximo duas semanas após a votação. Durante a campanha oficial, Maurice Kamto realizou 12 reuniões em todo o país desde o lançamento do seu partido em 2012.

Mais de sete milhões de eleitores foram chamados no domingo às urnas para eleger o próximo Presidente dos Camarões, com oito candidatos na corrida presidencial, incluindo o atual chefe de Estado, Paul Biya, no poder há 36 anos. O presidente eleito irá cumprir um mandato de sete anos.

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