Com sede no Dubai, a Air Race 1 é uma das mais difíceis disciplinas da aviação. Não se trata de acrobacia, mas sim de uma corrida, num circuito apertado, com duas rectas separadas por duas curvas, com o traçado a caber em apenas 1,5 km. Oito pilotos correm simultaneamente para ver quem é o primeiro a cortar a linha de chegada após oito voltas, como se tratasse de carros de F1, mas com asas. Que pode ver aqui:

Os aparelhos colocados à disposição dos pilotos são pequenos, leves e ágeis, impulsionados por um hélice animado por um motor de quatro cilindros opostos, suficiente para lhes permitir atingir 450 km/h, a pouco mais de 10 metros do solo. São similares aos utilizados na Red Bull Air Race, mas digladiam-se numa pista menos sinuosa e com oito pilotos e outros tantos aparelhos, ao mesmo tempo, com as asas por vezes demasiado próximas umas das outras.

Se este tipo de corridas de avião existe há mais de 70 anos, segundo os organizadores, sempre com aparelhos equipados com motores de combustão, dentro de pouco mais do que um ano, em 2020, a Air Race 1 vai coexistir com a Air Race E, com aparelhos similares, mas com um motor eléctrico alimentado por baterias, no lugar da habitual unidade a gasolina.

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Quem está a tratar da reconversão dos aviões é a Universidade de Nottingham que, fruto de um investimento de 13 milhões de libras, cerca de 15 milhões de euros, está a desenvolver um projecto “chave-na-mão” que inclui motor eléctrico, bateria e unidade de gestão de energia, inserido num programa denominado Beacons of Excellence.

A indústria aeronáutica espera que estes aviões de competição eléctricos forneçam o mesmo tipo de impulso renovador para os aviões eléctricos, sejam eles os grandes comerciais ou os particulares, mais pequenos.