O Conselho Audiovisual da Andaluzia (CAA) vai analisar o tratamento mediático do acidente e consequentes operações de resgate do bebé Julen, de 2 anos, que no dia 13 janeiro caiu num poço em Totalán, Málaga, escreve o El País.
A análise que se estende às “principais televisões públicas e privadas, autónomas, locais e nacionais” tem em conta a possibilidade de terem sido violados direitos fundamentais dos familiares do menor — o resgate começou há 13 dias e, de lá para cá, tem sido seguido ao minuto pela imprensa espanhola e internacional.
O CAA reiterou, em comunicado de imprensa, a necessidade dos meios de comunicação manterem “o respeito absoluto” pelos direitos fundamentais dos intervenientes em situações semelhantes, incluindo o direito à intimidade, à honra e à própria imagem. O CAA exigiu ainda que as televisões fujam do “sensacionalismo e da espetacularização” destes casos e que recorram a fontes credíveis, evitando a disseminação de informação falsa que possa “contribuir para o desassossego” dos familiares afetados em tragédias de contornos mediáticos.
Ainda esta sexta-feira, o El Mundo partilhou um vídeo nas redes sociais onde justifica o facto de ter publicado na edição impressa uma fotografia de Julen, ainda que com a cara desfocada.
¿Mostrar o no mostrar a Julen? @davidlema_perez explica en #ElContestador las razones para la publicación en exclusiva, hace cinco días, de la foto (pixelada) del niño que centra la atención informativa. pic.twitter.com/u00gQ8jQx8
— EL MUNDO (@elmundoes) January 25, 2019