Procuradores federais dos Estados Unidos da América estão a investigar as parcerias que o Facebook fez com empresas tecnológicas como a Blackberry, a Amazon ou a Microsoft em que permitia que estas tivessem “acesso especial” a dados dos utlizadores, avança o The New York Times. A investigação já permitiu recolher provas de “pelos menos dois grande fabricantes de telemóveis” que tinham acesso a informações como contactos pessoais e à lista de amigos sem consentimento dos utilizadores.

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Ao mesmo meio, o Facebook confirmou a investigação e afirma que vai continuar a cooperar com as autoridades, como tem feito noutras investigações. Não é sabido quando é que os procuradores norte-americanos do tribunal federal distrital de Nova Iorque iniciaram a investigação. O Facebook afirmou, no passado, que tinha cessado este tipo de parcerias.

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Desde março de 2018 que o escândalo Cambridge Analytica revelou um lado mais sombrio sobre a forma como o Facebook permite monetizar os dados dos utilizadores. A empresa de análise de dados utilizou indevidamente a informação de 87 milhões de utilizadores, recolhida de forma ilícita, para influenciar eleições.

A investigação ao caso Cambridge Analytica está ainda a decorrer e é possível que possa levar a rede social, que detém outras empresas como o Instagram e o WhatsApp, a pagar uma coima multimilionária às autoridades reguladoras norte-americanas por não ter protegido devidamente os dados dos utilizadores.

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Ao longo de 2018, a rede social esteve envolvida noutros problemas pela forma pouco segura como tem lidado com os dados pessoais que os utilizadores inserem na plataforma (como aconteceu, por exemplo, depois de revelado em setembro o ataque informático que afetou informação de 29 milhões de utilizadores). Zuckerberg foi ao Congresso dos Estados Unidos para sessões nas duas câmaras e esteve também no Parlamento Europeu a ser ouvido pelos líderes partidários. Recentemente, foi o Facebook que revelou como um erro informático permitiu que empresas e programadores com que trabalha tivessem acesso às fotografias privadas dos utilizadores, mesmo as que o utilizador inseriu na rede social mas nunca chegou a publicar.

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[Em atualização]