Doze anos depois do desaparecimento de Madeleine McCann, a rapariga inglesa de três anos que na noite de 3 de maio de 2007 desapareceu em Lagos, junto à Praia da Luz, surgem possíveis desenvolvimentos. Segundo notícia avançada nesta sexta-feira pelo Correio da Manhã, a Polícia Judiciária portuguesa terá novas pistas e até um novo suspeito.

“Maddie”, como ficou conhecida, passava férias com os país — Kate e Gerry McCann — e os irmãos gémeos quando foi dada como desaparecida e deu origem a um dos casos mais mediáticos dos últimos anos, envolvendo inúmeros esforços policiais em Portugal, Reino Unido e um pouco por todo o mundo. Todo este processo que ainda continua por resolver foi agora enviado para a PJ do Porto para ser reapreciado, conta o CM. E passa a estar alocado a uma equipa mais vasta.

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Apesar de ainda não se saberem pormenores — a identidade do novo suspeito, por exemplo, está a ser mantida em silêncio absoluto — avança-se a hipótese de esta nova linha da investigação não contemplar os pais da criança — que chegaram a ser constituídos arguidos no início do caso — como suspeitos. Até o Ministério Público já admitiu que esta nova vaga na investigação promete ser conclusiva.

Depois de a notícia ter sido divulgada, a PJ enviou um comunicado às redações onde não confirma nem desmente as informações avançadas esta sexta-feira mas explica que a investigação “continua em aberto, no âmbito de inquérito tutelado pelo Ministério Público de Portimão” e que a mesma tem sido “desenvolvida em articulação com autoridades internacionais, obedecendo às regras de cooperação judiciária e policial, que as circunstâncias da situação justificam”. Termina anunciando que “não considera oportuna a prestação de esclarecimentos adicionais.”

Uma investigação cheia de avanços e recuos

Madeleine McCann desapareceu do aldeamento onde estava alojada com a família, de férias no Algarve desde o dia 28 de abril desse ano. Estava no quarto, à noite, juntamente com os irmãos gémeos de 18 meses, enquanto os país e um grupo de amigos jantavam num restaurante a 50 metros. Foi por volta das 22h do dia 3 de maio que Kate deu o alarme e logo a partir daí a notícia “explodiu” pelo mundo inteiro.

Chegou-se a suspeitar de um cenário de crime acidental com o envolvimento dos pais, cenário que acabou por ser descartado oficialmente e passou a explorar-se a hipótese de rapto — o britânico Robert Murat foi um dos fortes suspeitos.

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Hoje, depois de vários anos sem serem conhecidas diligências policiais, a PJ volta a apostar no caso e admite estar mais perto de saber o que aconteceu a Maddie. Independentemente do motivo do seu desaparecimento, a verdade é que as autoridades têm muitas dúvidas que a criança ainda esteja viva. Se o estiver, terá 15 anos.

Atualizado às 13h20 com o comunicado da PJ