Os Estados Unidos querem levar novamente astronautas à Lua, em 2024, incluindo desta feita uma mulher na missão, que não tem custos contabilizados, mas que se chamará Ártemis, deusa da Lua na mitologia greco-romana.
Na segunda-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no Twitter um reforço de 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) no orçamento da NASA, para a agência espacial norte-americana voltar ao espaço em “grande forma”. Reagindo na terça-feira às declarações de Trump, o administrador da NASA, Jim Bridenstine, disse que a verba proposta, que terá de ser aprovada pelo Congresso, é um “bom começo” para enviar novamente astronautas para a Lua, em 2024. À pergunta de jornalistas sobre o custo total da missão, Jim Bridenstine não soube dar uma resposta. “Gostaria muito de poder responder”, disse.
A NASA, que em julho assinala os 50 anos da chegada do Homem à Lua, com a missão Apollo 11, anunciou na segunda-feira que a nova missão lunar humana se chamará Ártemis, que, na mitologia greco-romana, era irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua. Em março, a administração Trump antecipou em quatro anos, para 2024, o regresso de astronautas norte-americanos à Lua, incluindo a primeira mulher. A última missão tripulada à Lua, a Apollo 17, foi em dezembro de 1972.
Segundo um comunicado da NASA, de segunda-feira, os astronautas partirão da Terra na nova missão lunar para uma estação orbital na Lua, a Gateway, a ser construída pela agência espacial com parceiros privados. Desta casa temporária, os astronautas seguirão num módulo de aterragem para o polo sul da Lua.
Sem se referir exatamente a uma base lunar, a NASA espera “estabelecer missões sustentáveis” na Lua em 2028 com o objetivo de enviar posteriormente astronautas para Marte.
Num vídeo promocional, titulado “We are going to Moon to stay, by 2024” (Vamos à Lua para ficar, em 2024), a NASA apresenta o regresso dos astronautas norte-americanos à Lua como o “próximo passo da exploração espacial”, tendo no horizonte Marte, e descreve como: com um foguetão “maior e mais poderoso”, o SLS, a nave Orion e a estação orbital Gateway.