A Google organiza anualmente uma conferência, a que chama Google Camp, e que anuncia como sendo reservada às personalidades mais conhecidas do planeta, entre ricos, muito ricos e extremamente ricos, com alguns artistas para apimentar o ambiente. Com um custo próximo de 20 milhões de dólares, a 7ª edição do evento reuniu os convidados na Sicília, mais precisamente no discreto Verdura Resort, para um encontro de três dias onde o tema principal era o ambiente.

De todo o mundo acorreram personalidades, uns com fortes conhecimentos sobre a matéria, outros nem tanto, sendo a lista de convidados encabeçada pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama, o actor Leonardo DiCaprio, o príncipe Harry e a sua mulher Meghan, o CEO do Facebook Mark Zuckerberg, a estilista Diane Von Furstenberg e o cantor Harry Styles.

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Se bem que as celebridades se tenham deslocado à Sicília em busca de uma forma de proteger o ambiente, a realidade é que no aeroporto de Palermo, o mais próximo do Verdura Resort, estavam estacionados 114 jactos privados utilizados pelos convidados, segundo o Giornale di Sicilia. O Euronews fez as contas, chegando à conclusão que um voo de Nova Iorque para a Sicília num destes aparelhos gera cerca de 4,24 toneladas de CO2, uma quantidade imensa de dióxido de carbono para deslocar apenas uma ou duas pessoas, cuja preocupação é… reduzir as emissões de CO2.

E se pensa que só os convidados que se deslocaram de avião privado prejudicaram o ambiente, está enganado. Além dos que voaram para o Google Camp, muitos aproveitaram o Verão para se deslocar nos seus iates privados, cujos motores turbodiesel não ficam muito atrás do jactos em matéria de poluentes. Se a tudo isto juntarmos os que rumaram a Verdura Resort de helicóptero, fica-se com a ideia que se as celebridades querem mesmo ajudar o ambiente, talvez os meios (de transporte) não justifiquem o fim.

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