A Scania, marca pertencente ao Grupo Volkswagen, já possui diversos camiões equipados com tecnologia de condução autónoma a operar para clientes. Contudo, até agora todas essas unidades contavam com a providencial cabina para que o condutor pudesse intervir em caso de necessidade. O Scania ALX elimina por completo essa “dependência” e, apesar de se tratar ainda de um protótipo, está apto a mostrar todo o seu potencial já no próximo dia 2 de Outubro, no Traton Group’s Innovation Day, a decorrer em Södertälje, na Suécia.

Se a Volvo surpreendeu com o Vera Concept (vídeo acima), que também dispensa o condutor, a Scania vai um pouco mais além por estar disposta a explorar as potencialidades da condução autónoma num veículo de maiores dimensões. Para já apresentado como uma alternativa a ponderar em ambientes mais controlados do que as vias rodoviárias, o AXL afigura-se como uma interessante possibilidade para apoiar a extracção de minério. O seu terreno de eleição serão as minas, sem armadilhas e… sem condutor.

Até agora, os nossos camiões sempre ofereceram a possibilidade de o condutor intervir, se a segurança fosse posta em causa. O AXL não tem sequer cabina e isso muda tudo”, realça o responsável máximo pela Pesquisa e Desenvolvimento da Scania, Claes Erixon.

Segundo ele, a tecnologia de condução autónoma tem evoluído de forma notória nos últimos anos, com mais ênfase no software mais do que em relação ao hardware. A propósito, o AXL conta com câmaras, radares, laser LiDAR e um sistema de GPS de ponta. Ou seja, todas as ferramentas que possam substituir o olho humano e evitar acidentes fatais. Mas, para que essa “visão” seja devidamente avaliada, é essencial a rapidez com que a informação é processada.

Ao contrário do que se poderia imaginar, o Scania AXL não abdica de um bloco térmico. Mas, ainda que marca não tenha especificado qual a unidade motriz a que recorre, sempre vai adiantando que queima biocombustível.

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