O ministro dos Negócios Estrangeiros turco ameaçou esta segunda-feira retomar a ofensiva no nordeste da Síria se as forças curdas não saírem da região até ao fim do cessar-fogo acordado com os EUA, previsto para terça-feira.

Mevlut Cavusoglu, ministro dos Negócios Estrangeiros, afirmou que “se eles [forças militares curdas] não se retirarem, a nossa operação vai recomeçar”.

Cavusoglu acusou os grupos curdos de violarem o acordo ao dispararem 30 vezes e matarem um soldado turco durante os quatro dias de tréguas. Segundo o ministro, a Turquia retaliou os ataques.

No entanto, Cavusoglu acrescentou que as forças curdas estavam a cumprir o acordo feito com os Estados Unidos, retirando-se das áreas controladas pela Turquia, após a ofensiva lançada a 9 de outubro. A Turquia exigiu que as forças curdas recuem cerca de 30 quilómetros da fronteira no norte da Síria, local onde pretende realojar refugiados.

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As Forças Democráticas da Síria (FDS), dominadas por combatentes curdos, retiraram-se no domingo da cidade Ras al-Ain, no norte da Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O líder das FDS, Mazloum Abdi, tinha dito no sábado, à France-Presse, que os seus combatentes se retirariam da cidade, tal como estava estipulado, no acordo de tréguas feito com Washington.

A promessa foi cumprida e as tropas retiraram-se da região fronteiriça, com 32 quilómetros de extensão, depois de os soldados turcos as terem deixado sair de Ras al-Ain.

A Turquia também já confirmou a saída dos combatentes curdos, após as tréguas negociadas com os Estados Unidos.

Após conversações na quinta-feira com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, a Turquia concordou em suspender a sua ofensiva militar no norte da Síria por cinco dias, para permitir que as forças curdas se retirassem da área de fronteira.