A três dias da manifestação conjunta das polícias (GNR e PSP), o ministro da Administração Interna reuniu-se com a Associação dos Profissionais da Guarda. O protesto agendado para esta quinta-feira mantém-se, avisou o presidente César Nogueira em declarações aos jornalistas depois deste encontro com Eduardo Cabrita: “E serão milhares porque o descontentamento é muito”.

Depois de cerca de duas horas de reunião com o ministro, o presidente da Associação de Profissionais da GNR saiu a garantir que “logicamente que não” foi demovido da intenção do protesto, até porque para isso, “o ministro teria de trazer casos concretos para solucionar amanhã e o que foi transmitido foi apenas a agenda de trabalho para a atualização da tabela remuneratória e do pagamento do suplemento dos retroativos de forma faseada. São coisas que não se resolvem de hoje para amanhã”.

César Nogueira saiu ainda a dizer que é “um descrente” e que só acredita quando vir algumas das reivindicações — nomeadamente as tratadas pelo ministro na reunião — “preto no branco e publicadas em Diário da República”.

Quanto ao protesto, a GNR diz que o ministro não o tentou desmobilizar e garante que “serão milhares” a “demonstrar o descontentamento”. César Nogueira espera ter na rua tantos profissionais das polícias como estiveram nas duas últimas manifestações: “Temos a certeza que será das maiores manifestações” dos polícias.

O lema do protesto é “tolerância zero” sendo organizado pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), as estruturas mais representativas da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana. Entre as exigências está a alteração às tabelas remuneratórias da PSP e da GNR, a questão salarial dos agentes de autoridade pouco acima do salário mínimo nacional, a atualização dos suplementos e a criação do subsídio de risco.

A manifestação começará no Marquês de Pombal, às 13 horas, e terminará com a concentração frente à Assembleia da República.

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