Histórico de atualizações
  • Como a acusação quer convencer o Senado a destituir Trump

    A sessão no Senado acabou por hoje com as palavras de Adam Schiff. Amanhã às 13h (18h em Lisboa) o julgamento será retomado e a acusação já fez saber que dedicará a sessão de quinta-feira a apresentar argumentos relativos à primeira das duas acusações que pendem sobre Trump: abuso de poder. O Observador continuará a acompanhar de perto o julgamento de impeachment do Presidente dos EUA, Donald Trump.

    Neste artigo pode ler o essencial do que aconteceu esta quarta-feira no Senado:

    Impeachment. “Acima da lei”, “perigoso para a democracia”. Como a acusação quer convencer o Senado a destituir Trump

  • Adam Schiff faz declaração final

    Adam Schiff e Zoe Lofgren, a sexta voz da acusação a falar nesta quarta-feira, já fizeram as últimas intervenções com a exposição dos argumentos com os quais procuram convencer os senadores a condenar e destituir Donald Trump.

    Neste momento, o congressista Adam Schiff voltou a tomar a palavra para fazer uma declaração final, que deverá encerrar a noite, numa altura em que passam 10 minutos das 21h em Washington — a hora teoricamente prevista para o final da sessão de hoje.

  • Senadores de volta para mais duas horas e meia de argumentos

    O Senado voltou à sala da sessão, com 15 minutos de atraso relativamente à hora prevista, para retomar os trabalhos. Antes de começar a intervenção, o congressista Adam Schiff descansou os senadores: a sessão de hoje só vai demorar mais cerca de duas a duas horas e meia.

  • Senadores param meia hora para jantar

    Os senadores estão agora numa pausa de cerca de meia hora para jantar, com o reinício dos trabalhos agendado para as 19h05 de Washington (0h05 de Lisboa).

    Antes da pausa, a intervenção do congressista Hakeem Jeffries foi interrompida por gritos de um manifestante a partir das galerias, que entretanto foi retirado pelas autoridades sem que ficasse claro quem era e o que gritava.

    De acordo com a imprensa norte-americana, terá gritado algo relacionado com o aborto e exigido a absolvição de Donald Trump.

  • "Putin, Erdoğan e Kim Jong-un estão acima da lei, mas nos EUA ninguém está acima da lei"

    Continua a falar o congressista democrata Hakeem Jeffries, que torna a insistir na ideia de que Donald Trump não está acima da lei. “É isso que torna o nosso grande país tão distinto de regimes autoritários e de inimigos da democracia”, disse Jeffries.

    “Vladimir Putin está acima da lei na Rússia, Erdoğan está acima da lei na Turquia, Kim Jong-un está acima da lei na Coreia do Norte. Mas, nos Estados Unidos da América, ninguém está acima da lei, nem mesmo o Presidente dos Estados Unidos. É disso que este momento se trata”, afirmou.

    O congressista lembrou aos senadores que “o Congresso é um órgão de governo” ao nível do Presidente de acordo com a separação de poderes nos EUA e que “não trabalha para este Presidente nem para qualquer Presidente”.

    Hakeem Jeffries esta quarta-feira durante uma intervenção no Senado dos EUA

  • Em pleno julgamento, Trump anuncia alargamento do travel ban

    Este dia fica também marcado por um anúncio feito por Donald Trump a partir de Davos, na Suíça: o controverso travel ban — medida de restrição à imigração oriunda de um conjunto de países, maioritariamente muçulmanos — vai ser alargado a mais países.

    Embora a lista oficial dos novos países a incluir no travel ban ainda não tenha sido divulgada, fontes da Casa Branca já confirmaram à imprensa norte-americana que a medida será alargada à Bielorrússia, Myanmar, Eritreia, Quirguistão, Nigéria, Sudão e Tanzânia.

    Atualmente, estão abrangidos pelo travel ban os seguintes países: Irão, Síria, Iémen, Líbia, Somália, Chade, Venezuela e Coreia do Norte. O Iraque e o Sudão também tinham sido incluídos na versão inicial da controversa lei (que inicialmente chegou a ser apelidada de Muslim ban), mas foram depois retirados. Ao que tudo indica, o Sudão vai agora voltar à lista.

  • Donald Trump bate recorde de maior número de tweets num só dia desde que foi eleito Presidente

    Acabou agora de falar a congressista democrata Val Demings e segue-se Hakeem Jeffries. É o sexto membro da equipa da acusação a falar nesta quarta-feira para expor os argumentos da acusação resultantes do inquérito conduzido pela Câmara dos Representantes e que resultou nas acusações de abuso de poder e de obstrução do funcionamento do Congresso contra Trump.

    Entretanto, o Presidente dos EUA bateu o recorde de tweets num só dia desde que foi eleito, em 2016. De acordo com o FactBase, uma plataforma dedicada a monitorizar a atividade online de Trump, o Presidente publicou até às 4h25 (hora de Washington) 125 tweets e retweets, batendo o recorde de mais publicações num só dia. A esmagadora maioria dos tweets publicados hoje estão, naturalmente, relacionados com o julgamento de impeachment.

    A manter este ritmo, Donald Trump poderá bater o seu recorde de sempre: o dia 5 de janeiro de 2015, com 161 tweets, ainda antes de ser eleito Presidente dos Estados Unidos.

  • Joe Biden não está interessado em alinhar em troca de testemunhas que poderia levar John Bolton a depor no Senado

    Entretanto, surge um desenvolvimento que pode matar definitivamente a esperança dos democratas em ouvir o ex-conselheiro de segurança nacional, John Bolton, no Senado.

    Nos últimos dias, uma das possibilidades que começaram a circular nos corredores do Congresso foi a ideia de uma troca de testemunhas: os democratas cederiam à vontade de muitos republicanos de ouvir Joe Biden, ou o seu filho Hunter Biden, e em troca os republicanos permitiriam a convocatória de John Bolton.

    Numa ação de campanha esta quarta-feira no estado do Iowa, Joe Biden tentou afastar-se do caso. “Não quero fazer parte disso”, disse Biden, de acordo com declarações citadas pela imprensa norte-americana. “O papel do Senado é julgar Donald Trump. O meu papel é derrotá-lo.”

  • Senador republicano diz-se farto de "ouvir os mesmos argumentos" da acusação

    Numa altura em que intervém o congressista democrata Jason Crow — o quarto elemento da equipa da acusação a tomar a palavra nesta quarta-feira —, surgem os primeiros comentários de desagrado perante a insistência dos democratas no mesmo conjunto de argumentos.

    “Penso que já começámos a perder, certamente, a audiência televisiva e também, até certo ponto, a imprensa. Mas, seguramente, os senadores estamos a tentar perceber porque é que temos de estar aqui sentados a ouvir os mesmos argumentos uma e outra e outra vez”, afirmou aos jornalistas o senador republicano John Cornyn, de acordo com declarações citadas pela CNN.

    Sobre a possibilidade de votar a favor da destituição de Donald Trump, o senador John Cornyn destacou que essa é uma “opção nuclear” que não deve ser tomada “a não ser que sejam cumpridos os requisitos constitucionais”. “E não consigo ver que esses requisitos estejam sequer perto de ser cumpridos”, afirmou.

  • Papel de Rudy Giuliani na mira da acusação

    Depois de Jerry Nadler, toma agora a palavra a congressista democrata Sylvia Garcia, que está a continuar a apresentar os argumentos da acusação. Garcia foca-se agora no papel do advogado pessoal de Donald Trump, Rudy Giuliani, nos contactos com a Ucrânia.

    Para compreender quem é Rudy Giuliani e que papel desempenhou em todo este caso, pode ler este artigo do Observador: Rudy Giuliani: o homem que limpa os erros que Trump quer esconder.

    Rudy Giuliani: o homem que limpa os erros que Trump quer esconder

    Rudy Giuliani falou publicamente sobre o caso ucraniano diversas vezes, sempre com o objetivo de associar Joe Biden ao caso. Em diversas entrevistas, Giuliani argumentou que Joe Biden, enquanto vice-presidente dos EUA, pressionou a Ucrânia a abandonar a investigação aos negócios do seu filho, Hunter Biden.

    Ao The New York Times, Giuliani chegou mesmo a afirmar que se encontrou com um conselheiro do Presidente ucraniano, a quem pediu que o país “investigasse o raio daquelas coisas”.

  • Sessão retomada com foco em ex-embaixadora que diz ter sido ameaçada por Trump

    Entretanto, alguns minutos depois da hora marcada, a sessão já foi retomada. Neste momento, é o democrata Jerry Nadler que está a continuar a exposição dos argumentos da acusação contra Donald Trump, com o foco agora nas relações diplomáticas entre EUA e Ucrânia e em especial na ex-embaixadora dos EUA na Ucrânia, Marie Yovanovitch.

    Yovanovitch é uma das figuras centrais no caso, uma vez que declarou perante o Congresso ter-se sentido ameaçada por Donald Trump, depois de recusar um visto ao procurador ucraniano Viktor Shokin com base em suspeitas de corrupção à volta daquele procurador. Problema: era o procurador responsável pela investigação aos negócios do filho de Joe Biden.

    O advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, tinha tentado obter um visto para Shokin e acusou a embaixadora de estar a proteger Joe Biden ao proibi-lo de entrar nos EUA para continuar a sua investigação a Hunter Biden.

    Pode ler mais sobre o testemunho de Marie Yovanovitch no Congresso e sobre a importância desta testemunha para o caso neste artigo.

    Ex-embaixadora dos EUA na Ucrânia diz que se sentiu ameaçada por Donald Trump

  • Defesa não gostou da primeira intervenção. "A boa notícia é que já só têm mais 22 horas"

    Quem não gostou das primeiras duas horas e meia de argumentos da acusação foi a equipa de defesa de Donald Trump. “A boa notícia é que já só têm mais 22 horas para continuar e depois somos nós. Deixem-nos apresentar o caso deles e nós continuamos”, disse o advogado Jay Sekulow aos jornalistas, durante o intervalo da sessão.

    “A não ser que ele [Adam Schiff] esteja a inventar, parece que já tem muita informação, por isso, que continue com o seu caso. Quanto mais fizerem estes acontecimentos de duas horas e meia de cada vez, mais minam o seu próprio argumento”, afirmou Sekulow.

  • "Como é possível ouvir Adam Schiff, e não exigir mais testemunhas e documentos?"

    Durante o intervalo, o líder da bancada democrata no Senado, Chuck Schumer, falou aos jornalistas e tornou a defender a necessidade de ouvir mais testemunhas e de analisar mais documentos.

    Elogiando o discurso “poderoso” do líder da acusação, Schumer questionou “como é que é possível um senador estar no Senado, ouvir Adam Schiff, e não exigir mais testemunhas e documentos?”

    “Houve partes do discurso de Schiff poderosas, que exigem testemunhas e documentos”, acrescentou, detalhando que ficou “impressionado com os argumentos da acusação”. E deixou a questão: “Quem sabe o que pode acontecer se houver um julgamento justo.”

    Chuck Schumer falou aos jornalistas no intervalo da sessão no Senado

  • Adam Schiff conclui a introdução dos argumentos da acusação com uma citação de Benjamin Franklin, quando questionado sobre se a América era uma república ou uma monarquia: “Uma república, se a conseguirmos manter”.

    Schiff falou durante duas horas e meia. Restam aos democratas cinco horas e meia na sessão desta quarta-feira.

    Os republicanos pediram uma pausa de 20 minutos nos trabalhos, que vão ser retomados quando faltarem 10 minutos para as 16h locais (21h em Lisboa).

  • Senadores republicanos ansiosos por uma pausa na sessão

    Aparentemente, de acordo com a imprensa presente no Senado dos EUA, os senadores republicanos querem uma pausa rapidamente.

    Inicialmente, o presidente da sessão, John Roberts, disse que ao fim de duas horas haveria uma pausa. Mas Adam Schiff já ultrapassou as duas horas e, quando já tinha passado o limite, afirmou: “Vou agora falar da segunda acusação”.

    Segundo os repórteres presentes no Senado, o líder republicano Mitch McConnell estava pronto para a pausa e, quando percebeu que não iria acontecer tão rapidamente, lançou as mãos para baixo com um ar de enfado por continuar a ouvir Schiff.

  • "O Presidente diz que não se pode investigar o Presidente"

    Adam Schiff criticou perante os senadores a invocação de imunidade por parte de Donald Trump.

    “O Presidente diz que não se pode investigar o Presidente”, afirmou Schiff, que continua a repetir que Trump se acha “acima da lei”.

    Schiff tem insistido também na ideia de que a Casa Branca impediu testemunhas notificadas pela Câmara das Representantes de testemunhar na câmara baixa do Congreesso.

    “Todos sabemos o que aconteceria a qualquer pessoa que nos está a ver neste momento se não cumprisse uma notificação. Seria presa, porque não está acima da lei”, afirmou Schiff.

  • Trump está a ver o julgamento. "Sem pressão", diz no Twitter

    A bordo do avião presidencial que o está a transportar entre Davos, na Suíça, e a capital dos EUA, Donald Trump voltou a dar sinal de que está a acompanhar o discurso de Adam Schiff. “Sem pressão”, escreveu Trump no Twitter.

  • Adam Schiff continua a explicar argumentos da acusação

    No púlpito do Senado continua o congressista democrata Adam Schiff, líder da equipa que conduz a acusação, a apresentar as linhas gerais dos argumentos contra Donald Trump.

    Através da exibição de vídeos e mensagens, Schiff está a tentar convencer os senadores de que Trump usou o seu poder enquanto Presidente dos EUA para influenciar a Ucrânia a investigar os negócios do filho de Joe Biden, para o prejudicar na corrida eleitoral deste ano.

    O discurso de Schiff, porém, não está a trazer nenhuma novidade aos senadores, que já conhecem bem estes argumentos — o que pode explicar o cansaço dos membros do Senado que a imprensa norte-americana está a reportar.

    Pode acompanhar a sessão em direto aqui:

  • 63% dos americanos acreditam que Trump cometeu ilegalidades, mas apenas 51% o querem destituído

    Uma sondagem publicada esta quarta-feira pelo Pew Research Center mostra que 63% dos norte-americanos acreditam que Donald Trump tenha cometido ilegalidades enquanto Presidente dos EUA.

    Uma percentagem ainda maior — 70% — dos norte-americanos acredita que Trump teve atitudes anti-éticas enquanto Presidente dos EUA.

    Porém, apenas 51% defendem que Donald Trump seja destituído como resultado do julgamento de impeachment no Senado.

    O mesmo estudo revela que a confiança dos eleitores norte-americanos é maior nos senadores democratas (48% acreditam que os democratas vão ser justos) do que nos republicanos (43%).

  • Sem café e obrigados ao silêncio, os senadores lutam contra o sono

    Uma pequena nota sobre o ambiente dentro da sala do Senado, com base no que dizem os repórteres norte-americanos que lá estão:

    Como fizeram um voto de silêncio, os senadores estão proibidos de falar durante o julgamento. Durante as horas que passam dentro da sala, têm de permanecer calados. Para contornar isto, têm sido muitos os senadores a escrever e a passar pequenas notas, com o auxílio dos funcionários do Senado — porque telemóveis e outros aparelhos eletrónicos têm de ficar fora dali.

    Apesar de se estar ainda no primeiro período de duas horas deste dia, já são muitos os membros da câmara que estão a lutar contra o cansaço — sobretudo depois de uma noite que só acabou às duas da manhã. Além disso, é proibido beber qualquer líquido dentro do Senado que não seja água ou leite — o que significa que o café está proibido.

    Para comer, os senadores terão de se contentar com a chamada “Candy Desk”, uma antiga tradição norte-americana: um dos senadores, o que se senta na secretária mais próxima de uma das saídas do Senado, tem sempre a gaveta cheia de doces, que distribui a todos os colegas à saída. Nesta legislatura, o “cargo” é ocupado pelo senador republicano Patrick Toomey.

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