“A partir do final de 2021, nada será como era antes.” O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura francês, Didier Guillaume, na terça-feira à noite em Paris, ao anunciar uma medida há muito exigida pelos ativistas dos direitos dos animais. A partir dessa data, a França promete banir a trituração de pintos vivos e a castração de leitões sem anestesia. 

Desde novembro passado que Alemanha e França anunciaram que iriam trabalhar em conjunto para pressionar a União Europeia a por fim à trituração de pintos — uma diretiva de 2009 autoriza a prática desde que cause morte imediata às aves e que seja para animais com menos de 72 horas de idade. Segundo o The Guardian, cerca de 7 mil milhões de pintos são triturados todos os anos, a nível mundial. Isto acontece por serem machos e não terem utilidade para a indústria agrícola — não fornecem carne de qualidade nem ovos.

A Suíça é um dos países onde, apesar de ser prática rara entre os seus agricultores, a trituração de pintos vivos já foi proibida. Na Alemanha, onde 45 milhões de pintos machos são mortos todos os anos, a ministra da Agricultura da Renânia do Norte-Vestfália tentou proibir a prática, mas os avicultores levaram a questão a tribunal. Em junho de 2019, o Tribunal Administrativo Federal validou a trituração dos animais vivos, considerando que os interesses económicos dos criadores justificam a decisão. A prática poderá continuar até que seja encontrado um método para determinar o sexo do embrião no ovo.

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