Dez dias depois de ter acusado positivo para a Covid-19, o primeiro-ministro britânico foi hospitalizado na noite deste domingo por conselho do seu médico. O motivo? Febres altas e “sintomas persistentes” da doença, segundo anunciou o porta-voz do governante.
Por conselho do seu médico, o primeiro-ministro foi internado hoje [domingo] para realizar testes no hospital”, explicou.
Esta foi, como explicou, uma medida de precaução. Segundo a Sky News, o primeiro-ministro deslocou-se até a um hospital público, em Londres, sem precisar de uma ambulância, por volta das 20h00 da noite deste domingo. Boris Johnson vai passar a noite no hospital, avança a CNN, mas fonte de Downing Street já veio dar a garantia de que continuará ao comando do governo, escreve o The Guardian.
Entretanto, e já depois de Robert Jenrick, membro do governo britânico, ter garantido ao The Guardian que Boris Johnson será capaz de “gerir o país mesmo a partir da cama do hospital”, o próprio primeiro-ministro do Reino Unido recorreu ao Twittter para garantir que está “bem disposto”. “Ontem à noite, a conselho do meu médico, fui internado para fazer alguns exames de rotina, já que continuo com sintomas de coronavírus. Estou bem disposto e continuo em contacto com a minha equipa, enquanto trabalhamos juntos para lutar contra este vírus e manter toda a gente a salvo”, escreveu Johnson, agradecendo ainda aos profissionais de saúde do serviço nacional de saúde britânico.
I’d like to say thank you to all the brilliant NHS staff taking care of me and others in this difficult time. You are the best of Britain.
Stay safe everyone, and please remember to stay at home to protect the NHS and save lives.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) April 6, 2020
Ainda de acordo com o The Guardian, caso Boris Johnson se veja impedido de continuar a governar já haverá solução: o ex-ministro para o Brexit Dominic Raab. Raab já foi também testado à Covid-19, depois de apresentar alguma tosse, mas com resultado negativo.
Quando, há 10 dias, Boris Johnson anunciou, num vídeo que publicou no seu Twitter a 27 de março, que estava infetado, adiantava também que tinha sintomas ligeiros, como febre e tosse. “Vou ficar a trabalhar a partir de casa e em isolamento — que é o deve ser feito. Mas não se preocupem porque, graças às maravilhas da tecnologia, vou estar em contacto com a minha equipa para liderar a luta nacional contra o novo coronavírus”, acrescentava.
Over the last 24 hours I have developed mild symptoms and tested positive for coronavirus.
I am now self-isolating, but I will continue to lead the government’s response via video-conference as we fight this virus.
Together we will beat this. #StayHomeSaveLives pic.twitter.com/9Te6aFP0Ri
— Boris Johnson (@BorisJohnson) March 27, 2020
Ainda na quinta-feira, o primeiro-ministro foi fotografado à porta do número 10 de Downing Street a aplaudir os profissionais de saúde. No dia seguinte, o seu sétimo dia de isolamento, o recorreu novamente ao Twitter para partilhar um vídeo onde dizia que se sinta melhor, embora continuasse a ter um dos principais sintomas da Covid-19. “Ainda tenho febre”, explicava.
Another quick update from me on our campaign against #coronavirus.
You are saving lives by staying at home, so I urge you to stick with it this weekend, even if we do have some fine weather.#StayHomeSaveLives pic.twitter.com/4GHmJhxXQ0
— Boris Johnson (@BorisJohnson) April 3, 2020
No dia em que tornou pública a infeção pelo novo coronavírus, também o ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciou que testou positivo para a doença com “sintomas ligeiros”.