Só em abril, perderam-se 20,5 milhões de empregos no Estados Unidos da América. Como avança o The New York Times, a taxa de desemprego no país chegou a 14,7%, a maior desde os anos da Grande Depressão de 1929.
O relatório do Departamento do Trabalho norte-americano (o equivalente português do Ministério do Trabalho) revelado esta sexta-feira mostra uma “devastação” quase sem precedentes, escreve este jornal. Em 2009, na última grande crise, os níveis tinham chegado a cerca de 10 por cento. Em fevereiro deste ano, a taxa de desemprego situava-se nos 3,5 por cento, o número mais baixo nos últimos 50 anos.
EUA com 30,3 milhões de pedidos de subsídio de desemprego em seis semanas
O único período comparável com estes dados é o da Grande Depressão. Em 1933, em plena Grande Depressão, registava-se 25 por cento de desemprego. O mesmo jornal refere ainda que os dados anunciados esta sexta-feira podem ser inferiores ao reais porque os EUA classificam como pessoa desempregada quem “está ativamente à procura de emprego”.
No final de abril foi revelado que esta crise económica atual criada pela pandemia afeta um em cada seis trabalhadores norte-americanos, quando o número de novos desempregados nos Estados Unidos já era superior ao dos habitantes nas áreas metropolitanas de Nova Iorque e Chicago juntas.