A farmacêutica norte-americana Moderna, que na segunda-feira anunciou resultados promissores na primeira prova em humanos de uma vacina experimental contra o novo coronavírus, anunciou uma oferta pública de ações no montante de 1,25 mil milhões de dólares.

Com este montante, equivalente a 1,15 mil milhões de euros, o laboratório Moderna pretende financiar a sua eventual produção e comercialização.

Em comunicado, a empresa, sediada em Cambridge, no estado do Massachussetts, afirmou que começou esta oferta pública de títulos com o banco de investimento Morgan Stanley para “financiar as necessidades de capital relacionadas com a produção da mRNA-1273”, uma vacina experimental cuja primeira fase teve resultados positivos.

Moderna diz que vacina contra a Covid-19 revela resultados promissores

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A verba dos 1,25 mil milhões de dólares, segundo a Moderna, vai ser destinada à “distribuição nos EUA e fora” do país da mRNA-1273, “assumindo que se mantém a aprovação regulatória, e se sobrar algum montante, para o financiamento do desenvolvimento clínico e descoberta de fármacos em áreas terapêuticas existentes e novas”.

A empresa acrescentou que espera dar a quem comprar ações nesta oferta a opção de poder comprar mais títulos nos 30 dias seguintes, em oferta adicional de até 187,5 milhões de dólares.

A Moderna informou na segunda-feira que obteve resultados positivos numa fase inicial da sua vacina experimental, com “potencial para evitar a doença da Covid-19”, na qual os 45 participantes, adultos sãos, receberam diferentes doses – baixas, médias e altas – e desenvolveram anticorpos contra o vírus.

Os resultados dos primeiros oito participantes analisados pela farmacêutica indicam que, depois de receberem duas injeções com doses baixas e médias, estes desenvolveram anticorpos neutralizadores em níveis similares ou superiores aos que se encontram no plasma convalescente das pessoas que já recuperaram da doença.

A Moderna sustentou que o ensaio, que antes desta primeira fase em humanos tinha dado bons resultados em ratos, prossegue agora com uma segunda fase com 600 participantes e uma terceira em julho com milhares, para confirmar os progressos.

Os executivos da empresa disseram que estavam “centrados em avançar o mais rápido possível” com a vacina, que pode estar disponível para o público no princípio do próximo ano, indicou o seu médico-chefe, Tal Zaks.