A bolsa nova-iorquina fechou esta quinta-feira em baixa, desenhando uma evolução semanal em dentes de serra, com os investidores a observarem de perto o aumento de tensões entre EUA e China e a reabertura progressiva da economia norte-americana.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,47%, para os 24.474,12 pontos.
Mais fortes foram as perdas dos ouros índices emblemáticos, com o tecnológico Nasdaq a recuar 0,97%, para as 9.284,88 unidades, e o alargado S&P500 perder 0,78%, para as 2.948,51.
A praça nova-iorquina tem terminado em direções diferentes nos quatro dias já passados desta semana, o que evidencia a forte volatilidade que domina a conjuntura.
“Os investidores continuam a procurar saber qual vai ser o próximo catalisador”, afirmou Art Hogan, da National, mas sublinhando que o aumento das tensões sino-norte-americanas estão a pesar no espírito dos investidores.
Esta quinta-feira, Pequim ameaçou Washington de “retorsão”, se o Congresso norte-americano aprovar sanções contra a China em resultado da sua alegada responsabilidade na pandemia do novo coronavirus.
Senadores norte-americanos apresentaram em meados de maio um projeto de lei que daria o poder à Casa Branca de impor sanções à China, se Pequim não apresentar um “relatório completo” sobre a pandemia, aparecida no final de 2019 em Wuhan.
Por outro lado, os investidores conheceram esta quinta-feira vários indicadores económicos.
Assim, na semana passada houve mais 2,43 milhões de norte-americanos a inscreverem-se no desemprego, segundo os números divulgados pelo Departamento do Trabalho.
A primeira economia mundial continua fortemente afetada pelas consequências do arrefecimento brusco da atividade económica para procurar conter a propagação do novo coronavírus.
O número dos novos pedidos de subsídio de desemprego é, porém, inferior aos da semana anterior e tem recuado desse o pico de 6,8 milhões atingido no final de março.
Por outro lado, a atividade industrial na região de Filadélfia, no nordeste dos EUA, continuou a descer em maio, pelo terceiro mês consecutivo, segundo o índice do banco local do Sistema da Reserva Federal, também publicado esta quinta-feira.