Quando o novo coronavírus começou a ameaçar os Estados Unidos da América e havia falta de ventiladores, o CEO da Tesla prontificou-se a produzir esse tipo de equipamentos mas, antes de conseguir fazer, avançou logo com a doação de 300 mil kits com máscara, luvas e fato de protecção. E, antes de mostrar o ventilador que fazia com peças de carros, ofereceu 1255 unidades que adquiriu na China. Porém, parece que Elon Musk não deu a missão por encerrada e continua empenhado em apoiar o combate à Covid-19. No Twitter, revelou que a Tesla está a ajudar a CureVac no desenvolvimento de uma vacina.

A farmacêutica, sedeada em Tuebingen, na Alemanha, conta com o apoio financeiro da Fundação Bill & Melinda Gates e informou ter realizado, em Maio, testes bem-sucedidos, a que se seguirão os necessários ensaios clínicos.

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Musk entra na cooperação para o desenvolvimento da tão desejada vacina como construtor de “microfábricas de RNA”. As moléculas de RNA constituem uma cadeia de material genético simples que, por terem um padrão molecular recorrente, podem ser produzidas bioquimicamente de forma relativamente fácil, na medida em que o processo não requer células vivas geneticamente modificadas.

As “microfábricas” de Musk não serão mais do que impressoras, basicamente unidades portáteis de produção automatizada de moléculas de RNA, que vão ser usadas na produção da vacina contra a Covid-19. É em função da sequência de RNA que o sistema imunológico responde, produzindo anticorpos contra o agente patogénico. Resumindo, nas palavras de Musk, combater a doença trata-se essencialmente de um “problema de software”.

O CEO assume que esta nova empreitada é um projecto paralelo aos seus outros negócios, mas adianta desde já que as impressoras móveis de moléculas que vai produzir na Tesla Grohmann Automation, também na Alemanha, podem ter como destino outras empresas de biotecnologia que não a CureVac.