O CDS-PP e o Bloco de Esquerda chamaram ao Parlamento, esta terça-feira, o presidente da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Fernando Medina. Se para o BE, o tema forte foi a expansão da rede de metropolitano de Lisboa (obra que deverá ser inscrita no quadro comunitário 2021-2027), os centristas estavam focados na “falta de coordenação política” no combate à Covid-19, como foi referido pelo deputado João Gonçalves Pereira, no momento de justificar a audição, requerida a 1 de julho.

Acontece que, 15 dias depois de se ter desdobrado em intervenções para tentar esclarecer as críticas à atuação das autoridades de saúde no combate à pandemia – e que visaram “específica e circunscritamente” as chefias regionais – Fernando Medina já não quer olhar para o passado, quando o controlo da situação lhe escapava, e se apercebeu que, no terreno, não havia recursos humanos suficientes para rastrear, concluir inquéritos epidemiológicos ou verificar se os casos positivos cumpriam o confinamento. Essa fase, que o fez disparar publicamente que com “maus chefes e pouco exército não é possível ganhar esta guerra”, ficou lá atrás, e parece estar ultrapassada.

O que interessa, realça o autarca, é “manter a vigilância” nas 19 freguesias dos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Loures e Odivelas, onde foi prolongado o estado de calamidade por mais 15 dias – porque não havia sinais para “aliviar as medidas” –  de forma a evitar o “regresso às medidas de confinamento”, como já aconteceu em outros países que promoveram o desconfinamento mas, dada a dimensão do problema, já o estão a reverter.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.