Dois milhões e meio de euros foi o que custaram as obras de reabilitação do Hospital Militar de Belém, que funciona como centro militar de apoio à Covid-19, quando o investimento inicialmente previsto pelo Governo era de 750 mil euros, quase três vezes menos.

As contas são do Diário de Notícias que avança (acesso reservado a assinantes) com o valor total dos contratos públicos para as obras naquela unidade hospitalar: 2 598 964,46 euros, distribuídos por três empresas (uma recebeu 961. 557,46 euros; outra 819. 007 mais 750 mil; e a outra 67. 500). A verba saiu da Direção-Geral de Recursos da Defesa, que está na tutela do ministro João Gomes Cravinho. O Ministério da Defesa não deu esclarecimentos sobre esta situação.

O Hospital Militar de Belém foi reativado este ano já no contexto da Covid-19, tendo o primeiro-ministro visitado a obra em março, e a intervenção foi justificada com a necessidade de apoiar o tratamento da Covid-19, reforçando a resposta do SNS. As obras de renovação incidiram sobre em quatro pisos, num total de 5100 metros quadrados, e pretendiam acrescentar mais 112 camas ao SNS.  Os primeiros pacientes foram recebidos a meio de junho.

Em junho, o Diário de Notícias já tinha calculado uma derrapagem significativa no custo desta obra e o ministro foi questionado sobre isso no Parlamento. Na altura, João Gomes Cravinho admitiu que o valor previsto era entre “700 mil a 750 mil euros” e que naquele momento estariam a ser feitas as avaliações para apurar o total da despesa.

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