O PCP está oficialmente de volta à mesa das negociações com o primeiro-ministro, depois de uma primeira nega, no final de agosto, e de ter limitado as conversas com o Governo à parte técnica. Agora os comunistas voltam à política com António Costa, que esta terça-feira já recebeu o Bloco de Esquerda e, com ele, o primeiro aviso: é preciso que o primeiro-ministro esteja mais vezes presente nesta negociação a partir de agora. Catarina Martins saiu com mais uma reunião a dois agendada.
As reuniões acontecem numa altura em que elementos das várias frentes que estão à mesa da negociação relatam que está a ser a negociação mais difícil das últimas seis (incluindo a do Orçamento Suplementar) e que não há certeza de um acordo. O Presidente da República fez três avisos em três dias úteis sobre a necessidade de evitar uma crise política, mas nem isso fez com que saísse fumo branco da longa reunião desta noite. O Bloco saiu, aliás, como entrou: sem que um único dos pontos que colocou em cima da mesa do Orçamento saísse fechado e deixou também um aviso em forma de pedido, segundo apurou o Observador: ter mais vezes o primeiro-ministro à mesa, na expectativa de conseguir desbloquear algumas questões.
A perceção do partido é que António Costa estará com a sensação errada de que há mais avanços nas reuniões técnicas do que os que BE considera que existem realmente nesta fase. Por isso, Catarina Martins avisou o primeiro-ministro de que são necessárias mais reuniões e saiu com uma marcada já para o próximo fim de semana, altura em que faltará apenas uma semana para a entrega (10 de outubro) do Orçamento do Estado para 2021 na Assembleia da República.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.