A Sogrape decidiu adiar a comercialização das garrafas de 75 cl de Barca-Velha 2011 após uma operação de “rearrolhamento recentemente efetuada”. A decisão foi tomada pela equipa de enologia do Douro da empresa, liderada por Luís Sottomayor. É a primeira vez que tal acontece em quase 70 anos de história.

Em comunicado, a Sogrape justifica a opção “perante a dificuldade em extrair as rolhas originais das garrafas”, pelo que vai voltar a arrolhar “toda a produção de 75cl de Barca-Velha 2011” para assim “preservar a longevidade do vinho e proteger a sua notoriedade”. A decisão em nada tem que ver com o fungo TCA.

Casa Ferreirinha anuncia: 2011 é ano de Barca Velha

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“Como medida de precaução e como recomendam as boas práticas enológicas”, a empresa vai adiar “para depois de 2020 a entrada de Barca-Velha 2011 no circuito comercial”, lê-se ainda em comunicado. A equipa de enologia vai agora, e ao longo dos próximos meses, monitorizar a evolução do vinho para então determinar uma nova data de lançamento no mercado.

Chega ao mercado o novo Barca-Velha, colheita de 2011. “É o leão da selva”

A colheita de 2011 foi apresentada em setembro último, apesar do lançamento inicialmente previsto para maio, com Luís Sottomayor a descrever o vinho como “um leão” e o “rei da selva”.

O rótulo em questão nasce apenas em anos considerados excecionais. Ainda assim, desde 1952 já se contam uns quantos. Este é o 20º Barca-Velha da história, número que inclui o misterioso ano de 1955, que em 2017 ficou confirmado tratar-se efetivamente de uma referência da casa. Os 20 rótulos foram concebidos por três enólogos, incluindo o pioneiro Fernando Nicolau de Almeida, que chegaram a trabalhar todos juntos.